Na Floresta Amazónica contava-se uma lenda
Um príncipe português sozinho vivia
procurando sua amada princesa européia
Andava com o coração apertado e cansado
sua procura tornara-se improfícua
pensava...pensava...pensava...e nada
Chegou a conclusão que ela estava perdida
Num dia de tempestade o belo príncipe
chorava solitário as dores e injurias do mundo
quando um raio rasga o céus e em uma trovoada
recebe um aviso estrondoso:
é no Brasil em plena Floresta Amazónica
que te espera ansiosa sua amada
Uma solitária amazona pantaneira
que de tanto procurar por ti
vive vagando a beira do Araguaia
imaginando quando seu jovem mancebo
irá cumprir a promessa selada
de despertá-la com loucos e eternos beijos
E se preciso for, atravessará seu rio
que sempre a fará lembrar-se de seu Araguaia
Trocará os pintados e matrinchas pelas trutas
regadas a cerejas e sobremesa de muitos beijos
E a solidão que ambos sentiam
ficará para sempre relegada
aos versos tardios de outrora
pois só conhecerão ventura e aurora