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Cartas-->Ao amigo Carlos de Jesus Pompe -- 06/03/2003 - 11:35 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Milagre da Água”- Comentários
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Com certeza, esse japonês que nos foi apresentado pelo companheiro Carlos de Jesus Pompe, o tal de Masaru Emoto, já esteve cá no Brasil tomando água que passarinho não bebe. E parece que gostou da bebida, tanto que dedicou-se ao ramo da água e da ficção científica.

O japonês afirma, logo no início do artigo supracitado, que a água possui memória. Concordo, em parte. Todo ano, por exemplo, as águas das chuvas não esquecem de dar o seu recado. Enchem e fazem transbordar os rios, derrubam barracos, escorrem pelos bueiros, enlameando cidades e matando pessoas inocentes. Este é o verdadeiro sentido do “padrão caótico” das águas, a que se refere o nosso inusitado japonês. E nossos eleitores parecem que andam com sede. Não bebem água. E, talvez por isso, não saibam votar. E nem adianta rezar, pois a experiência da oração não durou mais do que uma hora. Tempo suficiente para que as águas voltassem a ficar turvas e exalassem mal cheiro. Quanto ao camarão, só mesmo na cabeça do japonês teria coisa igual ao que tem na do camarão.

Sem água, não haveria vida na Terra. Mas, com água suja, a vida não haverá na Terra. Essa conclusão faltou ao japonês. Se, por um lado, a água teria memória, por outro lado, nós, os seres humanos, que tudo memorizamos, daqui a pouco tempo não iremos lembrar da importância da água para a vida. Pois continuamos a inundar os mares e rios com petróleo, mercúrio e tudo o mais que depõe contra a vida. E, desse jeito, como diz a marcha de Carnaval, “as águas vão rolar” para outros cantos do planeta.

Esse japonês deve ter chegado escondido, de carona, na Arca de Noé. E logo depois do dilúvio, como o emprego começou a escassear, ele resolveu dar uma de escritor e cientista. E começou com sede de fazer fortuna o mais rapidamente possível. Às custas da crendice popular. Que, aliás, aqui no Brasil, tem servido a vários governantes, que se valem dessa característica do povo para dizer que o Brasil é o país do futuro; e que basta esperar o bolo crescer, para depois distribuir.

Remota a possibilidade do Emoto ter conhecido o nordeste brasileiro. Lá, sabidamente, não teria tempo, nem material para desenvolver suas teses e pesquisas. Ali, não a água, mas a seca que se transforma na teoria dos padrões caóticos de sobrevivência a que estão submetidos nossos irmãos.

Dessa água não beberei..
Domingos Oliveira Medeiros
06 de março de 2003








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