174 usuários online |
| |
|
Poesias-->A virgem e o crente, -- 27/05/2004 - 12:39 (Agostinho M. da Costa) |
|
|
| |
Oh! Imagem doce que me seduz
Mulher donzela não te atreva
Deitar teu corpo sobre o meu
Ainda crente e temente a Deus...
Não vês que o brilho dos teus olhos
Reluz de sonhos este pobre mancebo
Desvairado e louco por teus seios...
Sofre no anseio a dor do amor
Inunda de róseo tua face linda
Senta-te no meu colo menina virgem
Espera a hora, não a faça agora!
Tens tempo de sobra para o deleite...
Contemple o sol ao romper da aurora
Venha serena com os teus desejos...
Pense no que faz neste momento louco
Imagine os sonhos deste teu mancebo...
Não corra, tens as asas da juventude!
Iludi de sonhos de mulher recaída.
No infortúnio do bafo do amor que passou...
Não recuso teu corpo para um caso de amor
Assisto tua palidez ao ver-te no espelho, nua...
Guarde a virgindade para o casamento...
Não beba do cálice do infortúnio
Espera o momento derradeiro
Tudo tem seu tempo, ó anjo puro!
Diz-me que sofre de um calor profano
Dei-te então no leito, e de-me tua nudez...
Ó Deus perdoa este teu crente
Não deu para segurar todo o amor no escuro!
Perdi a razão, os pensamentos...
Fiz de tudo, mandei voar os preconceitos...
Não resisti a beleza dessa Deusa virgem
Que prometo amar até que o amor em nós, perdure!
Fim. |
|