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Humor-->Olho no lance de 14 de fevereiro de 2003 -- 14/02/2003 - 22:00 (Douglas Lara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Olho no lance de 14 de fevereiro de 2003
Vencer a guerra é a real intenção americana ... ou?

Hoje teremos a reunião do conselho de segurança da ONU com objetivo de receber o relatório dos inspetores (que continuam procurando no Iraque armas de destruição em massa) com vistas a autorizar bombardeios norte americanos contra Sadam Husseim.

Conselho decide sorte do Iraque hoje
Tensa expectativa aqui na Europa, onde se poderá acompanhar o debate no Conselho de Segurança da ONU, a partir das 3 e 15 da tarde. Tarak Aziz, vice-primeiro ministro iraquiano, rejeitou, em Roma, a oferta de um exílio europeu para Sadam e seus amigos, afirmando que todos lutarão até a ultima bala. A França, que, por sorteio, será a segunda a falar na reunião do Conselho de Segurança, através do seu ministro das relações exteriores, Dominique Villepin, mantém-se contra a guerra e defende um desarmamento do Iraque dentro dos quadros da ONU. [Leia mais na coluna de Rui Martins, em Genebra no portal www.riototal.com.br]".

Quem assistiu o documentário, Sem Fronteiras na GloboNews ontem (13/2) teve oportunidade de entender qual é o real interesse da administração Bush em atacar o Iraque? Soubemos pelo documentário, com reportagens e entrevistas de Jorge Pontual, Sílio Boccanera e Tonico Ferreira. A real intenção americana de acordo com o sem fronteiras :

"Os cartazes dos manifestantes contra a guerra no Iraque dizem: “No blood for oil.” (“Não daremos nosso sangue em troca de petróleo.”) O presidente Bush reage com horror: “Como podem pensar isso de mim? Não tem nada a ver com petróleo. Eu quero libertar o povo iraquiano. E a liberdade é um dom de Deus.” Mas as pesquisas de opinião indicam: 60% dos americanos acreditam que Bush vai à guerra contra Saddam por causa do petróleo. Com quem está a verdade?

O jornal The Wall Street Journal dá razão a Bush, mas publica reportagem sobre as reuniões do vice-presidente americano, Dick Cheney, com líderes da indústria do petróleo. Cheney era um deles antes de ser eleito. Tema das reuniões: o que o cartel do petróleo vai ganhar com a derrubada de Saddam Hussein. O petróleo foi descoberto no Iraque em 1927, pelos britânicos. Em 1968 um partido nacionalista socialista, o Baath, tomou o poder no país. Quatro anos depois, o regime iraquiano nacionalizou a indústria petrolífera. O Iraque se tornou um país próspero. A renda per capita quadruplicou.

Em 1979, Saddam Hussein, o homem forte do regime, assumiu a presidência. Uma guerra com o Irã, em torno do acesso do Iraque ao Golfo Pérsico, durou oito anos. O Iraque saiu vencedor. Virou a maior potência militar entre os árabes. Mas o Iraque invadiu o vizinho Kuwait em 1990. Foi derrotado pelos Estados Unidos e seus aliados na Guerra do Golfo no ano seguinte, e desde então vive submetido a sanções do Conselho de Segurança da ONU, que impedem o desenvolvimento do país.

O Iraque tem a segunda maior reserva comprovada de petróleo do mundo, mas a indústria do óleo no país está em declínio. Produzia 3,5 milhões de barris por dia antes da Guerra do Golfo. Hoje são extraídos, com dificuldade, 2,5 milhões de barris por dia. Mas estudos geológicos divulgados no ano 2000 sugerem que as reservas do Iraque podem ter mais de 300 bilhões de barris de petróleo. Muito mais do que a Arábia Saudita. Se for verdade, o futuro da indústria do petróleo está no Iraque.

Nos últimos três anos, apesar das sanções, o mundo correu para o Iraque. Empresas da França, da Rússia, da China e de muitos outros países assinaram contratos para abrir novos poços no Iraque. Os americanos, em desafio a Bagdá, ficaram de fora. Saddam e seus novos sócios europeus e asiáticos quase conseguiram derrubar as sanções. Mas aí George W. Bush conquistou a Casa Branca, veio o 11 de setembro e, pelo visto, Deus tem outros planos para o Iraque. Um estudo recente divulgado em Washington prevê que, após a derrubada de Saddam, as empresas americanas vão recuperar as instalações petrolíferas iraquianas destruídas nas últimas guerras.

A conta, cerca de US$ 5 bilhões, será paga com a venda do petróleo iraquiano. A Convenção de Haia permite isso. Se os russos e franceses participarem da guerra, eles terão suas fatias do negócio garantidas. Os Estados Unidos não querem se apoderar sozinhos do petróleo iraquiano, mas apenas garantir que ele não seja controlado por um ditador incontrolável como Saddam Hussein. Um especialista diz que vai ter lugar para todo mundo no petróleo do Iraque.

E não é só petróleo. O Iraque tem outro recurso abundante: a água. Ao contrário do óleo, a água é um recurso muito escasso no Oriente Médio. Os aliados dos Estados Unidos na região - Turquia, Israel e as monarquias do Golfo Pérsico - há 10 anos sonham com o Duto da Paz, uma rede de aquedutos para levar água da Turquia e do Iraque até os desertos do Golfo Pérsico e Israel. Saddam Hussein sempre impediu que esse projeto fosse em frente. Livre de Saddam, a água do Iraque vai ser outro negócio que renderá bilhões de dólares. Com a graça de Deus."

O presidente Bush e os que o apoiam podem ganhar a batalha e dinheiro. Será que irão ganhar a guerra?


Boa tarde!

Douglas Lara,
é editor do jornal eletrônico Acontece em Sorocaba
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2003, ano de amor e esperança
www.sorocaba.com.br/acontece
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