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Cordel-->TIRADENTES-O Mártir da Independência-Apolônio Alves dos Sant -- 28/04/2006 - 14:59 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TIRADENTES O Martir da Independência
Autor: Apolônio Alves dos Santos*

Ao narrar esta historia
Peço a santa providência
Divinas inspirações
Para eu com veemência
Falar sobre TIRADENTES
O Mártir da Independência.

Joaquim José da Silva Xavier,
O nome seu que pela conjuração
Mineira, muito sofreu
O qual como grande herói
Por sua pátria morreu.

TIRADENTES, era filho
Do grande Estado mineiro
Foi Alferes e dentista
Muito honrado e verdadeiro
Tornou seu nome imortal
Neste país brasileiro.

No fim do século desoito
A inconfidência fez
O Brasil pressionado
Por domínio português
E os grandes revoltosos
Se levaram de vez.

Em número de trinta e quatro
Foram os indiciados
Na conjuração mineira
E um dos mais implicados
Foi o nosso Tiradentes
Entre outros condenados.

O movimento econômico
Nativista no Brasil
E a tal inconfidência
Mineira, chegou sutil
Trazendo grande polêmica
Daquele grupo imbecil.

Foi criada em Vila Rica
A conjuração Mineira
Por interesse econômico
Duma raça interesseira
Que deixou uma lacuna
Na historia brasileira.

O governo português
Pretendendo o seu quinhão
Do ouro a fase áurea
Daquela mineração
Queria de uma só vez
Toda contribuição.

E a cobrança dos quintos
Atrasada no “programa”
Como arbitrariedade
Denominaram “derrama”
Foi desta revolução
Que criou-se aquele drama.

Então os participantes
Daquela conjuração
Foram Cláudio Manoel Costa
Poeta de vocação
E José de Alvarenga
Peixoto, tipo vilão.

José Alves Maciel
Um membro da falsidade
Filho do Capitão-Mor
De Vila Rica, a cidade
Um grande vulto chamado
Francisco Freire de Andrade.

Tiveram três delatores
Do domínio português
O primeiro foi um tal
Joaquim Silveira dos Reis
Brasileiro, e um tal Pamplona
Que foi o pior dos três.

O governador de Minas
Visconde de Barbacena
Prendeu os conspiradores
Daquela terrível cena
E denunciou Tiradentes
Que pagou a dura pena.

Foi no dia dez de maio
Do ano mil setecentos,
E oitenta e nove,exato
Com ele outros detentos
Que todos esses tiveram
Os seus destinos cruentos.

A dezenove de abril
Do outro século passado
Nosso Mártir Tiradentes
No tribunal foi julgado
Tendo a cruel sentença
De ser na praça enforcado.

Foi no Rio de Janeiro
Ele aprisionado
Na Rua dos Latoeiros
Naquele tempo passado
Que hoje é Gonçalves Dias
Seu nome, atualizado.

O conduziram algemado
Para as grades da prisão
Onde ficou vários dias
Sem haver apelação
Até quando foi levado
Para a sua execução.
Aquela data sinistra
Marcava no calendário
Quando o mandaram vestir
O seu roupão funerário
E o conduziram para
O lugar do seu calvário.

Uma grande multidão
Para vê-lo se juntou
Quando seguiram com ele
Todo povo acompanhou
Foi essa a cena mais triste
Que o mundo presenciou.

No Campo de São Domingos
Onde a forca estava armada
Foi ali que o nosso mártir
Teve a vida liquidada
Na praça que hoje é
De TIRADENTES chamada.

Ali todos assistiram
O Tiradentes subir
Os tristes degraus da forca
Sereno, calmo a sorrir
E em menos de dois minutos
O viram se concluir.

Foi seu corpo esquartejado
Por inimigos brutais
E os pedaços do mesmo
Espalhados nos locais
Onde ele propagou
Todos os seus ideais.

No ano noventa e dois
Do outro século passado
A 21 de abril
Foi Tiradentes enforcado
Data que ainda hoje
Seu dia é comemorado.

E o tal Cláudio da Costa
Também da conjuração
Teve quase a mesma sorte
Dizem que na detenção
Teve morte atribuída
Á suicídio ou traição.

O Brasil estando livre
Dos poderes delinqüentes
Mandaram então, construir
Em louvor dos combatentes
As estátuas dos heróis
Inclusive Tiradentes.

Ainda hoje se ver
No lugar de Permanência
A estátua solidária
Do mártir da Independência
Lá na primeira de março
Um símbolo da inconfidência.

O Marechal Deodoro
O primeiro presidente
Da república brasileira
Homem sério e consciente
Que deixou nosso Brasil
Para sempre independente.

Logo após ele ter feito
Aqui a proclamação
Da república, do Brasil
Deixando livre a nação
Do domínio português
Findou-se a conspiração.

Portanto o nosso Brasil
Hoje é livre realmente
Embora a custo de sangue
Mas venceu heroicamente
Podemos considerá-lo
Um país independente.

Esse governara junto
Com Marechal Floriano
Que foi vice-presidente
Homem de brio e bom plano
Esse era natural
Do Estado Alagoano

Depois desse foi eleito
O Prudente de Moraes
Homem muito corajoso
De boas credenciais
Que sempre pelo Brasil
Lutou em favor da paz.

Seu governo se vencendo
Foi outro, então empossado
Esse fez um bom governo
Bastante considerado
Foi o Doutor Campos Sales
Que ficou muito lembrado.

Depois veio Afonso Pena
Assumir o seu poder
Esse foi um presidente
De muita honra e saber
Quatro vezes foi ministro
Tudo soube resolver.

O Dr. Nilo Peçanha
Vice-presidente seu
Também assumiu um ano
Pelo que aconteceu
Pois antes do vencimento
Afonso Pena morreu.

Veio Hermes da Fonseca
E depois Venceslau Braz
Esse era filho do
Estado de Minas Gerais
Que enfrentou a revolta
Dos fuzileiros navais.

Seu governo se vencendo
Outro vulto foi eleito
O Dr. Rodrigues Alves
Homem de auto conceito
Mas Dr. Delfim Moreira
Foi quem terminou o pleito.

Depois desse, o presidente
Foi Epitácio Pessoa
Homem muito inteligente
De família muito boa
Enfrentou vários problemas
Mas nunca fez nada átoa.

Depois veio Artur Bernardes
Fez um governo decente
E depois Washington Luiz
Governou severamente
Que da primeira República
Foi o último presidente.

Aqui findei de contar
A morte de Tiradentes
Leitores citei algumas
Vidas de alguns Presidentes
E por não ter mais espaço
Sinto ânsias retraentes.
(*) Poeta e bom cordelista paraibano, falecido. Viveu muitos anos no Rio de Janeiro, vendendo folhetos na feira de São Cristovão. Sobreviveu disto durante algum tempo.











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