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Poesias-->Uma palavra possível -- 25/05/2004 - 12:05 (Marco Aqueiva) |
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Um copo de prosa
câmara ardente
a viva voz
A cintilação dos olhos
Temperados pela transparência
da luz
A abertura dos poros
Aparelhados pelas aerovias
do momento
Ainda no segundo copo
falar das novas
para o lado do azul
ainda que estanque
e sem defesa
contra esta membrana cinza
túrgida desses dias férreos
e desse continente não se veja
uma tampa removível
um istmo, que fosse
mesmo algum trilho
No terceiro
das contemplações e inquietações
crescentes
algum velho projeto tão aquém,
incompleto, carcomido
novo tornando-se atraso
mas por princípio resistindo
das gorduras excessivas
em relação a um tempo pretérito
dos anos decorridos com valor
demonstrativo
indicador de posse presente
ou futura
Depois
sensíveis ouvidos oscilando
entre a gravidade e o riso
mansos e serenos, receptores
de um jato
das águas passadas
mesmo quando a língua cheia
de demônios
Nesse caso
pode dar-se o recontágio
do espírito
uma reaproximação coronária
ao que ambos fomos
um precipitar-se para dentro
do subsolo dos afetos
e então toparemos com a fonte
renovada e verdadeiramente
viva
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