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Cordel-->Eu, Paraíba e Brasília - paulo nunes batista -- 28/04/2006 - 13:35 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cordel: EU, PARAÍBA E BRASÍLIA
Paulo Nunes Batista

Sou Paulo Nunes Batista,
Da Paraíba do Norte.
Neto do Mestre Hugolino
Do Teixeira, um cantor forte.
Filho de Chagas Batista:
Do poeta repentista
Já trouxe, no sangue, a sorte.

Vim ao mundo a 2 de agosto,
24 foi o ano
do nosso século XX,
cumprindo, de Deus, o Plano.
Nasci numa terra boa:
A capital João Pessoa
Do estado paraibano.

Chagas Batista, meu pai,
Poeta e folclorista,
Escreveu muitos folhetos,
Foi editor-folhetinista
-seu nome esta´consagrado,
nos livros sérios citado
como um grande cordelista.

Antonio Batista Guedes
Meu tio, foi cantador.
Também, de vários folhetos
De cordel, foi ele, autor.
Meu tio Manuel Sabino
Batista, outro nordestino,
Foi poeta de valor.

Odilon Nunes de Sá,
Cantador, é meu parente:
É primo de minha mãe,
Portanto, e gente da gente.
Em Patos, na Paraíba,
Sua Viola ainda arriba,
Solta o peito e sai Repente!

Desse trio Irmãos Batista
-Otacílio, Lourival
e Dimas, ainda sou primo,
conforme o assento legal.
Herança de pai e mãe,
Que a poesia me acompanhe
É justo-é dom natural.

Escrevi e publiquei
Mais de 50 livretos
Rimados. Tenho 2 livros
-trovas, poemas, sonetos.
Na Paraíba, no Rio
E em Goiás, anos a fio
Vivi de vender folhetos.

“JK” pra Senador,
“Os Crimnes do Goianão”,
“Brasília em Versos Rimados”,
“ABC para Sayão”,
“Zé Bico Doce” e diversos
outros folhetos em versos
-são frutos de minha mão.

Percorri nosso Brasil.
Cansei, não viajo mais.
Vim fixar residência
Em Anápolis-Goiás,
Com minha enorme família,
Entre Goiânia e Brasília
-Capital das capitais.

Anápolis representa
O Brasil cosmopolita
-tem gente de toda parte.
É uma cidade bonita.
Do nosso Brasil de Paz,
O Coração é – Goiás,
Terra onde o Progresso habita.

A Paraíba, meu berço,
É celeiro de Poesia:
Terra de Augusto dos Anjos,
Desses reis da Cantoria
-de Catingueira e Romano,
Nicandro, Pinto, Germano,
Zé Duda, Romano Elias...

Leandro Gomes de Barros,
Rei do Verso Cordelino,
É filho da Paraíba,
Como Nogueira, Hugolino...
Um Formiga, um Jansen Filho,
Só fazem aumentar o brilho
Do meu berço nordestino!

Paraíba tem coqueiros,
Cabo Branco, Tambaú...
Deu Zé Lins e Zé Américo,
Dá coquista e dá caju,
Algodão, abacaxi...
Qualquer um que chega ali
Pode “ver deus a olho nu”...

Paraíba dá baleia,
Coco de roda, ciranda...
Tem o Festival de Areia
E a Festa de Ogun, na Umbanda.
Terra de Sol, colorida,
Onde o Carnaval da Vida
É a Beleza que comanda.

Paraíba ardente, onde
Pedro Américo nasceu.
Terra em que Chagas Batista
Fez, editou e vendeu
(afirmo e provo o que digo)
o folheto mais antigo
que no Brasil se escreveu...

A Paraíba do Norte
É meu Estado natal.
Mas, Deus quis, fui transplantado
Para o planalto Central:
Hoje, como anapolino,
Continuo um Nordestino
Que não nega o natural.

Em Goiás, Chão dadivoso,
Brasília se construiu:
Flor de Beleza e Trabalho
Que no Planalto se abriu
Como a Rosa da União
-Capital desta Nação
que, para vencer, se uniu!

Gente de todas as partes
Do nosso País inteiro
Se encontrou no Coração
Desta Terra do Cruzeiro
-sem fracasso e sem quizília-
para levantar Brasília,
o “Milagre Brasileiro”!

Das Mãos que se entrelaçaram
Na Ciranda do Labor,
Brasília nasceu sorrindo
Com seu jeito de Ave e Flor
Sobre o peito do Planalto
-levando à frente e para o Alto
um Povo Trabalhador!

Brasília foi construída
Toda em ritmo febril:
É o Presente antecipando
A vinda do Ano 2.000.
De Dom Bosco a Profecia
Concretizou-se- hoje em dia
É a Capital do Brasil!

Dos sonhos de JK
E do Gigante Sayão,
Niemeyer, Lúcio Costa
-todo mundo dando a Mão-,
dos Candangos a Família
foi levantando Brasília
do Brasil no Coração!

Dia e noite trabalhando,
Sem parar um só instante,
Engenheiros, operários,
Levando o Projeto avante,
Foram Brasília plantando,
Ao lado, frutificando,
Veio o Núcleo Bandeirante.

Na “cidade Livre”, todos
Podiam viver, morar,
Trabalhar, se divertir,
Crescer e multiplicar...
Tinha jeito e “quebra-galho”,
Pois, em Brasília, trabalho
Era pra dar e sobrar...

Edifícios e conjuntos,
Os prédios e arranha-céus
Nasciam em pleno cerrado
Aos borbotões, em mundéus...
Os “pau-de-arara|” chegando
E nas Obras despejando
Candangos e Tabaréus...

Em pouco, Brasília era
Do Nordeste um bom pedaço:
Todo mundo dando tudo
Da Inteligência e do Braço
Para a Nova Capital
Ser, no Planalto Central,
Construída em curto espaço...

Logo as Cidades Satélites
Brilharam no panorama:
Taguatinga, Sobradinho,
Núcleo Bandeirante, Gama
E Braslândia...e Planaltina...
Pela Vontade Divina
Ia se espalhando a Chama!

Povo nenhum fez, no mundo,
Outra mais bela Cidade
Do que Brasília, com tanta
Perfeição e brevidade.
É a “Obra do Século” e está
Provando o gênio que há
Em nossa brasilidade.

Em Brasília, nossa Pátria
Marcou encontro, no duro,
Para decidir os rumos
Do Brasil, o seu Futuro:
Brasília é o Brasil de pé
Marchando com Força e Fé
Para um Mundo Belo e Puro!

Como poeta do Povo
Cantai Brasília no início
-louvando o nosso Brasil
enobreço o meu ofício-:
canto Brasília, hoje em dia,
filha do Amor, da Poesia,
do Trabalho e Sacrifício...

Canto o Brasil, nossa Pátria,
Mas sou Universalista
-desejo um Mundo de Paz,
justo, Humano, Progressista,
que, em João Pessoa ou Brasília,
o Mundo é a Grande Família
do Paulo Nunes Batista.
(Anápolis-GO/1978.

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