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Poesias-->Soneto da contradição (Paulo Bomfim) -- 23/05/2004 - 05:47 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos














Soneto da contradição











Ardo em contradição, em ti procuro

A terra fugitiva, o céu perdido,

A calma que não tenho, o sol futuro,

As asas de meu vôo decaído.



Em meu bronze sem som o tempo é ido.;

Na praia vã inutilmente auguro

Forças secretas, mar imperecido,

E tudo se transforma em chão escuro.



Entre cantos de nuvens e sereias,

Ardo em contradição dentro de abismos, Blasfemando com punhos de inocência.



Sinto o nome apagar-se das areias,

E outro nome nascer de outros batismos

Em teu céu interior de permanência!





Paulo Bomfim











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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites



dacunha_jp@hotmail.com















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