Usina de Letras
Usina de Letras
78 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62242 )

Cartas ( 21334)

Contos (13266)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10369)

Erótico (13570)

Frases (50639)

Humor (20032)

Infantil (5439)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140811)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6196)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Sede de Amor -- 04/10/2000 - 15:24 (Lisandra Paes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A chuva caía forte sobre sua pele, mas ela nem percebia. Seus pensamentos voavam céleres, indo perder-se nas brumas do tempo. Continuava andando, mas nem notava o movimento ao seu lado, nem os olhares dos que por ela passavam. Era como se não estivesse aqui. E realmente não estava...
A sua mente divagava, lembrando daqueles poucos momentos em que seu coração disparara e ela se sentira realmente na Terra. Haviam sido momentos cheios de ternura, entremeados de muita cumplicidade. Não havia ocorrido muita coisa, nem nada de que se pudesse arrepender depois, mesmo porque ela era uma daquelas poucas pessoas que se arrependiam apenas do que não haviam feito. E nessa história, particularmente, não havia espaço para arrependimentos.
Seus olhos, castanhos, sonhadores, tentavam reter na memória as palavras, os pequenos gestos, os olhares, as intenções. Sim, pois elas é que mereciam maior destaque nessa história, que era feita mais de intenções do que de ações.
Fôra como um acidente que tudo começara, quase sem querer, e ela não fazia questão de que acabasse. Queria perder-se nos braços fortes daquele a quem tanto admirava, e sentir o calor da sua pele. Queria sentir o calor das mãos deste homem de encontro à sua pele...
De repente, algo a fez despertar de seu devaneio: a chuva parara, e ela agora sentia o sol a acariciar seus cabelos longos. Deliciou-se com essa sensação, e parou junto a uma praça para melhor sentir os efeitos deliciosos do encontro do calor do Sol com sua pele molhada. As gotas da chuva evaporavam-se, deixando atrás de si uma deliciosa sensação, um formigamento muito leve e prazeroso.
O cheiro que emanava da terra era muito bom de ser sentido, e ela sentou-se num banco, não se importando com o fato de que estava molhado (afinal, ela também estava!) para melhor sentir esse pequeno prazer.
E a simplicidade desse prazer remeteu seu pensamento novamente para aquele homem que andava povoando seus sonhos: simples, mas delicioso como o evaporar das gotas da chuva, ou como o cheiro da terra molhada. Nada de glamouroso, mas completamente apaixonante!
E foi com essa sensação de enlevo e êxtase que ela foi, logo depois, encontrar-se com ele, pronta a realizar seus mais loucos delírios, pronta a dar vazão aos seus maiores desejos, pronta para, enfim, saciar sua sede de Amor...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui