O que dizer, ó musa, desse amor
Que tão docemente me dedicas,
Como mostrar-te essas mais ricas
Alegrias que tu me costumas pôr
No coração?
Por que me dás toda essa emoção
Que me arrebata por inteiro a alma,
Com a tua forma delicada, calma,
De provocar em mim essa paixão
Sem fim?
E me levas a perguntar, enfim,
Se tanto amor faço por merecer.;
Se é cabível, anjo, tanto querer,
Quanto demonstras tu, a mim,
A cada dia...
Retrata, então, a minha poesia,
Toda a força sublime que me invade,
Dessa mais pura e bela felicidade,
Que em ninguém mais encontraria,
A não ser
Em ti, razão maior do meu viver,
Amada minha, que canto em meus versos,
A companheira que, pelos mais diversos
Motivos, sei que não hei de esquecer,
Jamais,
Porquanto todo esse prazer que tu me dás,
O carinho e a ternura que me ofereces,
Tão dedicada, que de ti mesma esqueces,
Tudo se junta, na forma da suprema paz
Do nosso amor.
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