Poemeto meio insípido.
Passarinho, Passarinho,
Nesta manhã não vieste até mim.
Não tenhas medo, passarinho.
Minha vida é assim.
Apaixono-me, mas não aprisiono.
Sem este encontro diário, passarinho,
Fica tudo tão ruim.
O sol fica sem brilho e calor
O céu fica sem cor.
Meu coração sem amor.
Não deixes de vir, passarinho
Enfeitar minha varanda
Alegrar as violetas,
Com seu saudoso canto.
Vem cantar minha ciranda
E espantar as borboletas.
Encher a vida de encanto.
Passarinho, "cada voz que canta o amor
Não diz tudo que quer dizer.
Tudo que cala fala mais alto ao
Coração".
Tereza da Praia - Série: Brincando com fogo
******************************
Voava ao longo,
ouvi teu lamento.
Aliei-me ao vento.
Remigrei.
Cá estou,
em tua casa,
multicor,
vestido de amor,
Vê se ficou bom,
a minha cor...
Vou pousar em tua janela/corpo.
Cantar um cantico/romântico.
Uma mescla de acalanto,
com reza contra pranto.
E a natureza,
fará contracanto,
profundo, acúleo.
despertando suave sol.
Cantarei em dó maior.
Pra revirar o teu jardim.
Eu sou assim.
Minha vida é o todo,
uma enorme sinfonia.
Como se o dia fosse,
o semi-tom,
o dom, o som.
melodia.
Pois agora,
dança em teu sorriso.
Pois que é preciso,
pensar que o paraíso,
se existe,
se consite,
tem portas.
Entradas...
Estradas...
Momentos.
Movimentos.
E vai de mim,
pássaro trilheiro,
pra ti,
moça singela,
um flor bela,
deixa aberta tua janela,
pois talvez,
bata a vontade
de voltar...
(O pássaro)
***********************************
De repente, passarinho,
O dia se iluminou...
E a moça do canto triste
Em sol maior entoou
O canto da alegria.
Que bonita, passarinho
Esta flor que me trouxeste
Tem uma cor carmesim,
Igual ao meu coração.
E um cheiro bem agreste
E o gosto de uma canção.
Passarinho,
obrigada pelo teu carinho.
Vai, por intermedio de Zéfiro,
um doce afago e beijo tépido.
Tereza da Praia
(série: brincando com fogo)
***********************************************
Pássaro solto que sou,
sorrio...
Meu vôo firme,
meu pouso em ti.
Meu carinho,
ilumina teus faceios..
E se mato teus receios,
sem pausas,
entremeios,
é sinal de que feliz,
também estou.
Pássaro que voa em luz,
segue o brilho das estrelas,
e como beija-flor reluz.
Cantador,
que segue o rumo da cantiga,
e canta...
E trasvolteando,
estou sempre adiando,
o meu voar de volta.
Teu chamar é meu guia,
tua janela,
minha morada.
Mas e a natureza?
Ela me tem.
A não ser,
que quisesses vir também...
Mas é difícil...
Voar demanda sacrifício,
feito deixar o corpo,
embora solto,
preso as vontades do vento.
E eu sei que és,
dona do teu tempo.
Por enquanto,
do parapeito te observo,
faço-me teu servo,
e deixo que teu encanto,
tome conta de mim...
(o pássaro ...)
Da série Cantares - 1
"O pássaro e a Musa"
|