SONHO DESFEITO
Maria Hilda de J. Alão.
Foram tantas as fervorosas juras,
E o “ninguém pode nos afastar”,
Tão apaixonada cheguei a acreditar
Estar vivendo um céu só de venturas,
Nos braços do esposo mui amado,
A quem dei, da minha vida, o viço,
Mas, a morte sem se importar com isso,
Num dia de domingo ensolarado,
Chegou sorrateira, sem dizer nada,
E, com seu longo braço medonho,
Desfez o nosso grande sonho
De chegarmos juntos ao fim da estrada.
11/05/04.
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