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Artigos-->O Zunido do mosquito -- 21/06/2002 - 04:33 (Marcos Côrtes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No triste dia de 06 de junho de 2002



O zunido do mosquito



Daquele dia ninguém se esquecerá. O vento antes e depois do evento tão inesperado é sentido diferentemente, pois foi verdadeiramente uma revolução aquele dia.

Chegou devagarzinho, mas já com fama de tenebroso e cruel. Aquele mosquito (não da dengue, provavelmente), cor de pastel, murcho, querendo o sangue dos outros. Aproximou-se, chegou a nossa frente. Todos se espantaram! Chegou ao pé de nosso ouvido e soltou o que era o pior dos males: um curto, baixo e dolorido zunido. Mas para os que ali estavam e sentiram foi um baita de um berro ensurdecedor. A Bina, a Tina, a Rita não podiam crer que o que lhes atingiu foi um zunido. O Tônho, o Chico, o Léo não imaginavam a cruel existência daquele zunido. Pena que o Joaquim Abraão de Souza não ouviu, que pena.

Parece que foi feito por receita de alquimista, por que tem aquele sabor amargo, parece com aqueles remédios (ou venenos) que mesmo com doses e medidas extremamente calculadas, tem um gosto horrível! E por ai vai, descendo na goela aquele grande sabor de sapo, o zunido está fazendo efeito. Os ouvidos, goelas, pernas, panças e entranhas de todos começaram a se remoer. O mosquito (que não se conforma de sua forma) finalmente destilou o zunido "metamofósico" sobre os presentes.

A metamorfose em forma de som, o zunido lata-de-lixo das asas do mosquito tornou a menina da frente em girafa, o rapaz de trás em elefante, o casal que se localizava no meio em coelhos, o de cá, arara, a de lá carrapata. O de óculos, rato muito curioso e o de caneta na orelha, burro muito preguiçoso. E tantas e tantas foram as novas formas zoológicas ali surgindo, não adiantava ser quieto ou barulhento, um morcego até ali se formou.

E aqueles poucos que pouco antes bateram no "terrível" e trouxeram aquela praga pros lados de cá, os únicos que precisavam da vingança do mosquito, "viraram" macacos, apenas rabos ganharam. E assim, com seus novos membros nadegários (que para eles foi motivo de muita beleza e admiração um do outro) continuaram a pular pra lá e pra cá, lá na frente, lá pr atrás, matando piolhos, pernilongos e espantando as galinhas que ali se formaram pelo zunido do mosquito. Porém estas fugiam e cacarejavam mais pelo divertimento da fuga do que pelo espanto da óbvia primacidade daquele macaco Joaquim. Este, por não ter ouvido o zunido (só mudou o rabo), berrado em murmúrios murchos daquele mosquito que nunca deveria nos atormentar num dia tão lindo e agradável como aquele.

Depois disso tudo parece que todos viraram amebas e não quiseram dar mais nenhum tapa no mosquito. Nem mesmo o novo instinto que ali surgia nos novos animais os incentivaram a fazer isso.



Autor: Marcos Vinicius Policarpo Côrtes

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