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Humor-->O segundo tombo de A grande cavalgada -- 12/02/2003 - 10:45 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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(Tomo II do livro do paciente que não foi liberado)


Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Pocotó!Po...

Quem tem dentes que me leia. Nesta alvorada, os estigmas do tempo não me incomodarão. Socorro-me, insisto em reformar-me, previdentemente. Corro mais para o rio da paz. Desta vez, não vou chorar. Serei paciente. Como nossos pais, não chorarei por ninguém mais que tenha ido embora por causa de bala perdida. Tenho fome, porém, tudo bem, é tempo de viver sob a influência do vil metal; mas, não me sinto nemésico. Pra mim, é justa partilha.
Quero a paz possível, sem desmascarar nenhum patriota, nenhum idiota, enmimmesmado. Aos objetos não identificados, de pequeno e grande porte, e aos objetivos confusos direi que não os contradigo, pois, nada sei de belas e talentosas proezas. O reino da fantasia, a ilha dos meus sonhos, tem tudo a ver com os que fecham seus olhos pra não ver as borradas deste manicômio varonil. Em poucas linhas, pulula a irmandade ociosa de letrinhas e signos, traduzindo choros copiosos de mulheres. Um mínimo de asseio haverá de existir como base de nossa vida.
Amor sem fronteira acaba no necrotério, na geladeira. Quando a turma se enturma, como os sete anões em volta de picaretas, querendo ouro e mais ouro, quando a montanha não tá pra peixe, a gente tem mais é que fazer de conta...
Uma lágrima a rolar, às vezes, é por causa de um puxar de brincos de orelhas exibicionistas, à frente de pivetes, sedentos por quilates a medir. E foi ouvindo "A Paixão, segundo Mateus", no divino bar deste manicômio, que pude ler do folheto do cedê que a contém, que Nitsche teria chamado Johan Sebastian Bach de "divino", mesmo sabendo que aquela composição fora plagiada de vários autores da Idade Média e de outros da própria época. A grande conquista seria O Príncipe, de Machiavelli, aplicado integralmente à reforma da previdência, com toda a filosofema das esquerdas impossíveis.
Quando os amigos são secretos, o que as palavras não dizem, uma voz fala por dentro. Há uma injustiça que precisa ser reparada. Por isso, buscando a alva paz espiritual, reluzente ao meio-dia, armando temor infundado de nos igualarmos para sempre nas várias formas de amar, a bandida, matreira, sente saudades e envia carta que mostra paixão.
Cheiro o envelope perfumado: anuncia o fim do horário de verão. Sem querer ofender a Deus, relatou estréia na seita, de olhos abertos, rezando e refletindo em favor dos doentes. Com evidente aflição, punha sua fé nas nuvens do infinito, querendo misturá-la com tantas outras à procura de minha cura.
Para quem se considera intocável, na alvorada das sigilosas almas, parecia tudo bem. O homem amado, sem nenhum ponto de exclamação, lutava contra os privilégios, pôs a boca no trombone, sem nunca chorar pelos que já haviam partido.
Peguei a manguara e sentei-a na manguapa. Era erre ou pê, sem bê, dizia o pai dos burros. Tentei seguir em frente, mas, aconteceu o erro. Reiniciei, depois de muito tentar recuperar o que já havia preparado para responder-lhe à altura. Deu certo. Continuo copiando os detalhes que me vinham à vista, não me sentindo nada cobrado, por ninguém. Porém, meu discurso continua o mesmo. Imprevidente, querendo uma permissão para berlinda, sem guerra. Sempre de olho nas cotas de matanças, a força da magia negra nos coitos em curtos contos, nos deitares de bruço, na massagista iniciante, batendo palmas por seu futuro.
O amor universal, sem desperdício, alimenta meus hábitos e as minhas necessidades. Penso nisso e naquilo, com paixão, e nevascas e flores fazem de mim uma lenda. Vejo sapos, frenéticas corridas, um jovem e uma margarida, cachorro branco ensinado, um menino com o que restou das cinzas dos bons costumes e ouço canções primitivas de Juiz de Fora, com seu glorioso Tupi E.C., e de Campinas, com seu famoso Guarani.
Sinto-me sem auto-controle, mergulhado num túnel sem saída. Sua saudade, suas súplicas, seus apelos às estrelas, seu eterno insistir pelos mesmos caminhos, tudo isso é uma guerra sem fim. Mas, prefiro a vida e minha aura de felicidade. Isso não é filme, nem novela.
É preciso ser muito competente para fugir das loucuras contemporâneas, das gulas estranhas, dos esquartejamentos, dos fuzis violentos que o diabo promove. Por quê não uma cobra venenosa, sem maiores rastros? Até descobrirem de qual serpentário ela veio até à veia da vítima... Pode ser uma boa, mas tem que ser venenosa. A história sempre tem seus venenos de volta, mas, a civilização é intransigente, ruma sempre para o transgênico e o cibernético.



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