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Poesias-->Agora, já não o são -- 10/05/2004 - 12:02 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AGORA, JÁ NÃO O SÃO

Elane Tomich



Somos nós de muitas águas,

em substãncia e percurso...

Veja o rio em sua viagem,

liqüifeitos, pedregulhos

de todos, um só discurso.

Parece, do tempo, estrada,

saga da sede cantada,

lágrima que enxágua mágoas,

dobrado, adeus na bagagem,

da humanidade, mergulhos,

mil buracos, mil entulhos

a prece que não foi dita

tantos, sem ti, ninguém,

em águas passam , passaram,

a promessa não cumprida,

o desejo inconseqüente

degosto como refém,

desejo de ser emoção,

gente querendo ser gente

em incerto mar desguam

agora já não o são!



O rio nada esperto,

por baixo do espelho quieto,

como suspiros freqüentes

bombeando o coração,

qu em eco de águas levaram,

lavaram o triste e deixaram

numa ilha de memória,

força, contra a corrente

onde é difícil escolher,

como contar nossa história:

se, em roda de entardecer,

se em festa de serestas

em frestas mil derramaram,

agora, já não o são.



No largar, largo do rio,

no jogo de vai não volta,

vai-se o quente, fica o frio,

esperança respingada

largando-se em brisa solta,

em asas de premonição

nos apelos da razão,

a ilusão que resguardaram,

agora, já não o são.





Do fogo-apagou, o pio,

não cabe no desvario

da pressa das corredeiras.

Agora, do rio, o contrário,

a quietude das beiras

brinca com quebras de horários.

A cachoeira aclama

mil paixões de contramão

um pingo d água exclama

bem-viveres de antemão

agora, já não o são.



Ninguém segura este rio,

só uma represa pós fonte

guardando a vinda da espera

no esquecer do horizonte.

Brincando com a quebra das horas

o tempo, mói-se em quireras.

O burburinho aceita

o que o silêncio, rejeita.

Um canto de ir embora

no grande estuário da foz

num derrame de ´paixão,

onde lavo minha voz.

Águas puras, eu nem tanto,

no braço d água que esfria

coisas da vida em meu canto,

levitando em pradarias,

agora, já não o são. .













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