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Humor-->Locuras, e nada mais. -- 11/02/2003 - 22:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LOUCURAS CONTEMPORÂNEAS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


Ando louco nestes tempos modernos. Assistindo televisão, sem no entanto compreender ou aceitar certos acontecimentos que, infelizmente, ou felizmente, para alguns, estão acontecendo (com ou sem redundância) , e sendo realizados por seres humanos. Desligar a televisão? Desligar não resolve o problema. Tirar a televisão de dentro de casa ? Também não. Seria comprar uma briga com parte da minha família. Além disso, iríamos sofrer da síndrome das abstinência reprimida. Sentiríamos sua falta. Coisa ruim também deixa saudades. Somos criados e viciados para o consumo. Por mais que a gente resista, não tem jeito.

No elevador, a bela vizinha faz o seu comentário sobre a novela. Eu tive que ser hipócrita. Balancei com a cabeça concordando com o que ela dissera a respeito de um personagem da novela. Que eu nunca tinha ouvido falar. Quer dizer, não é bem assim! Vez por outra eu dou uma espiada. Conheço o personagem de vista. Alguns pela voz, quando peço para baixar o volume da televisão. Mas não sou de intimidades com atores e atrizes. Eles lá, dentro da telinha. E eu cá. Sentado no sofá. Esperando por um programa melhor. Que me dê sono para que eu possa dormir e trabalhar. Mas sem prestar a devida atenção no roteiro da novela.

O noticiário também não me agrada. Todas as emissoras combinam as notícias. Dizem que são as mais importantes do dia. Será que todo dia só acontece notícia ruim? E quem tem razão? Os chamados âncoras? Ou nós, quando discordamos de suas opiniões? E quem não consegue discordar, como fica? Vai ficar acreditando que o risco-Brasil subiu de novo. Junto com o dólar. Por conta das “incertezas” - que todo mundo sabe quais são – das eleições. Conseguiram juntar eleições com especulação financeira. Fizeram da mentira uma verdade travestida de boato. Boato que é verdadeiro, pois costuma dar certo. Boato que recebe todas as atenções dos nossos governantes. Afinal, o que quer dizer mesmo a palavra boato? Em quem acreditar? Qual verdade estaria valendo?

O fato é que está tudo tomado. E o crime cada vez mais organizado. No Brasil de Fernandos de todas as cores. O que está nos deixando. O que está aprisionado. E o que foi despejado. É Fernando pra todo lado. E só rimando pra esquecer o presente. O futuro prometido. E nosso triste passado. O Brasil está à beira de tudo. À beira do mar. À beira da falência. Bem próximo da violência. Da guerra civil e militar. De polícia e de bandido. De tiro mal compreendido. Brasil tomado e embebido. Brasil embriagado. Brasil do dinheiro emprestado. Brasil da urna eletrônica. Da urna elogiada. Da tecnologia eleitoral. Da tecnologia avançada. Da pesquisas de opinião mal formada. De gente manipulada. De fila na votação. Brasil sem opinião formada. De questões mal resolvidas. De questões mal formuladas.

De promessas passageiras. Brasil da vulnerabilidade. Brasil sem lição de mercado. Brasil quase parado. Brasil riscado. Brasil pichado. Brasil explorado. Brasil enganado. Brasil calado. Brasil eleição. Surgiu um clarão. No final do túnel. No segundo turno. Chega de televisão. Vou sair pelas ruas. Procurar o local. Vou exercer meu direito. Ou será obrigação. Vou votar na esperança. Vou trocar de televisão. Mudá-la para o canto esquerdo. Do lado da oposição.

Pra melhorar a novela. Trocar o roteiro sofrido. Melhorar a qualidade. De toda a programação. Pra ver se muda a notícia. Botar na cadeia o ladrão. Vamos ver se de agora. Teremos outra versão. A versão mais verdadeira. Da pesquisa de opinião. Do dólar mais sossegado. Acabar com a especulação. Voltar a falar em trabalho. Em cuidado com a natureza. Falar de arte e cultura. Comida na nossa mesa. Chega de tanta previsão. Até o tempo é ruim. Não chove faz um tempão. A culpa é do El Nino. Do Bush e do Sharon. Que não fazem outra coisa. Só guerra e buraco no chão. Matando criança inocente. Mas não ligam um pouquinho. Pro outro buraco da gente. O buraco de ozônio. Que tanto calor tem trazido. Mudando o clima sofrido. De primavera a verão.

Agora é apostar no Lula. Esse ano, ainda não. Pois a casa foi encontrada. Cheia de sujeira no chão. Barata por todo lado. Rato, peru e leão. O leão do imposto de renda. E o rato de plantão. O peru para o Natal. Assado na sua mão. Fome zero, três comidas. Mamadeira, sopa e feijão. O dinheiro anda curto. E o corte de montão. Orçamento apertado. O Lula está enrolado. E ainda tem gente do lado. Que se diz desconfiado. Com o ministro da fazenda. Que anda até parecido. Com o Malan de FHC. Um bom ano para todos. E vamos esperar pra ver.

Domingos Oliveira Medeiros

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