A MININA VORTÔ CUM VONTADE DE JUNTA OCÊS TUDO DI NOVO
Lili Maial
Eu num quero ti enganá
sou dengosa de verdade
se o musquito me picá
vai morrê pela maldade
nessa pele de cetim
deixá cicatriz feim
é coisa de crueldade.
Mas me conte, Silva Filho,
que esse nome eu num cunheço
haverá um empecilho
Pra sabê teu endereço?
Gosto de vê com quem lido
se conheço o apelido
e por ele tenho apreço.
Num te engano e a mais ninguém,
que a mentira é amiga ingrata,
pra cantá e cantá bem,
é meio dizê na lata,
deixa os homi conhecê,
pra adispois num arrepende,
apreesento a ocês a gata!
É manhosa e bem matreira,
Faz uns verso sem juízo,
Pramodi enfrentá lasqueira,
Como enfrenta o paraíso.
Teu valor eu vou saber,
se nas linha que eu te ler,
num sair no prejuízo.
Essa prosa tu me deu,
Pramodi gostá de tu,
mas teu nome tu escondeu,
se é de Iço ou se é de Itu,
não me importa a procedência,
se as palavra é de excelência,
encaro inté belzebu!
A cunversa ta é boa,
Mas eu fico por aqui,
Pois não levo a vida à toa,
Meu caminho eu vou seguir.
Mas eu vorto pros teus verso,
Se por trás dos verbo, imerso,
Se encontrá o amigo Almir.
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