Como estão meus companheiro
dessa Usina de estopim:
tudo duro, sem dinheiro,
ou montado no dindim?
Tô di vorta a essas parage
adispois dessa viagem
cês num fica mais sem mim!
Que sodade do Jorgim,
Do Domingos, tão solene,
É cordé que não tem fim,
Airam, Zé Dantas não teme.
Almir Alves não sobrou,
O Rubênio arrasou,
Onde está tu, ó Milene?
Nas peleja c’os amigo
É gostoso estar de vorta
É chamego sem perigo
Sem escuta atrás da porta.
Se o Cursino aparecê,
Vai tê briga pra valê,
Num saio daqui nem morta!
Onde anda o Manezinho,
Foi pra Icó e lá ficô?
Esqueceu de mim, tadinho,
Da Lili que ele adorô...
Nas resposta eu num emperro,
Se o parceiro é o Zéferro,
O cordé já meiorô!
Lembro inté dum lusitano,
Cabra bão lá d’além mar.
Era Torre, num me engano,
Ou era Guia - vou pensá?
Mestre Egídio que me acuda,
Se a Milene num me ajuda,
Num sei onde vou pará...
Vou dizê pra ocês tudo
Como é bão chegá di novo.
Nesses meus versinho mudo
Homenageio o meu povo.
Todo mundo aqui do Usina
Faz cordé de gente fina,
Sou só pinto dentro d’ovo.
Homenagem aos amigos do cordel, pelos bons e velhos tempos de brincadeira sadia, recrutando todo mundo pra brincar descontraídos novamente.
Lílian Maial - a Lili (com auxílio fundamental da Milene) |