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Cronicas-->Um teste de contabilidade -- 20/02/2003 - 13:01 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um teste de contabilidade

Eu sou...
Eu sou um homem. Humano! É? Verdade; me diferencio do animais por ter a capacidade de raciocinar, assim sou chamado de racional, ou seja, raciocino.
Então vejamos: os animais irracionais, em sua grande maioria, vivem em coletividade; são bandos, varras, matilhas, cardumes, enxames, etc. Esta coletividade os faz fortes, superando as maiores dificuldades em conjunto. Eu, o humano, criei a sociedade do individualismo. Moro num condomínio fechado, trancafiado em um ambiente cercado por máquinas que me proporcionam lazer. Troquei o cinema pelo DVD; o atendimento pessoal pela secretária eletrónica; as reuniões pessoais pela videoconferência ou livros de auto-ajuda; a troca de correspondência pelo e-mail; etc. Tudo para ficar cada vez mais isolado. Quando saio de casa mal olho para meu semelhante, corro rápido, faço tudo depressa, com medo.
Os animais, irracionais, têm como inimigo comum o homem ou predadores de outra espécie. Raramente se enfrentam dentro do grupo e quando ocorrem, as regras são justas. Eu, o homem, tenho como maior inimigo o próprio homem. Brigo, assalto, violento, mato..., e sou assim tratado pelo meu semelhante. Protejo-me com trancas, seguranças, blindados, alarmes e cameras. Não existe o menor perigo de um animal qualquer me agredir, mas o homem... Eu tenho como amigos animais de estimação, aos quais dou alimentos adequados, remédios, limpeza e veterinário; além de os levar para passear com todo o cuidado para que nos esbarrem nos mendigos que enchem as ruas, afinal poderiam sujar a pele lavada com xampu importado.
Os animais, irracionais, vivem livres em seus habitastes, devidamente protegidos por Leis Federais, com ONGs que berram alto ao menor sinal de invasão do seu meio. Temos os que estão presos pelo homem para exibições públicas , mesmo assim são muito bem tratados - há exceções, senhores ambientalistas. Eu, o humano, já não tenho a liberdade de ir e vir . Quando ouso, rezo para retornar vivo à minha casa. É o trànsito, a bala perdida, o assalto, o sequestro, o estupro..., uma fobia imensa, que faz excluso. E quando a loucura me leva cometer algum delito, sou trancado em cadeias que nem para animais servem
É, realmente eu sou diferente do animais; muito diferente! Como eu gostaria de ser similar a estes, para viver mais e ser mais justo com minha espécie.
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