Usina de Letras
Usina de Letras
288 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62165 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4754)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Cáliz Ingrato/Cálice Ingrato_Alberto Peyrano (trad. Maria ) -- 01/05/2004 - 18:30 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CÁLIZ INGRATO









Y se hace vieja la calle...



Tan vieja y agobiada,



depositada en esos ojos nuevos



que nacieron en un país que duerme ,



donde la mañana sólo sirve para nada...











Existe un árbol donde un pájaro



renunció a su canto cierta noche,



y le contó al poeta



la negra pesadilla que observó



bajo sus ramas,



tal vez para llorar con él



o para buscar apoyo



en los gritos del verso



que la angustia inspira,



con la esperanza anticipada y casi vana



de un poeta escuchado y atendido



en medio del vacío.











Se le va el aliento al futuro,



ensayando a tientas la sobrevivencia,



nadando entre los vómitos inéditos



que son lanzados en diarios y cartones,



y que se tragan en el plato de comida



que tiene gusto a rabia



y a resentimiento.











Es un cáliz ingrato el que ofreces,



mi ciudad, a tus hijos y al presente,



que hace pensar en un solar



ausente



o desaparecido,



vacío de esperanzas, protección o abrigo



y donde no se pueden



ensayar pasos hacia el frente.











Tu presente profano, ciudad,



cachetea muy duro y sin piedad



a mi futuro,



a mi no-ser que clama



porque apartes este cáliz



donde el poema



quedó disuelto en lágrimas



junto al pájaro inerte



que se volvió al olvido.





**** * ***







Cálice ingrato







Alberto Peyrano















E faz-se velha a rua...



Tão velha e angustiada



confiada nesses olhos novos



que nasceram num país que dorme,



onde a manhã só serve para nada....











Existe uma árvore onde um pássar



renunciou ao seu canto certa noite,



e confidenciou ao poeta



a negra inquietação que observou



sob as suas ramas



talvez para chorar com ele



ou para buscar apoio



nos gritos do verso



que a angústia inspira



com a esperança antecipada e quase vã



de um poeta escutado e acatado



no meio do vazio.











Vai-se o alento no futuro



ensaiando às tentativas a sobrevivência





nadando entre os vómitos inéditos



que são lançados em diários e panfletos



e que se tragam no prato de comida



que tem gosto de raiva



E de ressentimento











É um cálice ingrato o que ofereces,



minha cidade, aos teus filhos e ao presente,



que faz pensar numa linhagem



ausente



ou desaparecida,



vazia de esperanças, protecção e abrigo



e onde não se podem



Ensaiar passos avante











O teu presente profano, cidade,



esbofeteia com muita dureza e sem piedade



o meu futuro,



o meu não-ser que clama



para que afastes este cálice



onde o poema



se desfez em lágrimas



junto ao pássaro inerte



Que retornou para o esquecimento.















Alberto Peyrano



Buenos Aires, Abril 2004



(Versão p/ português, Maria Petronilho, Lisboa, 1º de Maio, 2004)







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui