Sem Razão
Lílian Maial
29/04/04
É sem razão a dor desse ciúme,
pois que o meu leito é feito de teus pêlos,
não há no mundo um outro, e meu desvêlo,
é todo teu, só teu, o meu perfume.
Não vais morrer de amor, nem de paixão,
que és imortal, qual deus, no meu Olimpo.
No meu castelo, és rei, na imensidão,
és a pepita maior do meu garimpo.
Traz o teu barco e ancora em meu regaço,
que eu te conduzo ao porto mais seguro,
qual Capitã, valente e destemida.
Derrama, em mim, suor do teu cansaço,
que nessas águas, represo o meu futuro,
pois sou a última a abandonar a vida.
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