Do passo que peço, do poço, do pulso e da pulsação?
Da pressa no préstimo ao préstito em sua interpretação,
divertindo-se com o vértice da vaticinação?
O prego que prega a praga da pragmatização
espeta a palavra parelha cúmplice do palavrão.
O corte dessa cortisona da carne do cortesão
faz a ferida furibunda n’alguma fornicação.
Só se renega um soneto sem significação
caso o descaso do acaso acuse na ocasião.
A culpa esculpa-se bicúspede no cuspe do coração.
Quem se atreve ao trivial na trisca e na trepanação
permite um passo ultrapassado n’outra peregrinação.
Soft estico o sofisma desta sofisticação.
*Poesia que ficou em sexto lugar entre 180 inscritas no Concurso Internacional de Poesia Livre "Sol Vermelho" (Prêmio Celito Medeiros 2004. 50 poesias foram selecionadas e farão parte de um livro.
Mais informações poderão ser vistas no site http://www.celitomedeiros.com.br/, onde há um banner na parte inferior da home page que dá acesso ao resultado. As dez primeiras classificadas estão disponíveis para leitura.