Soneto do Guardanapo
Zé Ferro, Lílian Maial, Nathan de Castro
Bate o bumbo no compasso d’alegria,
Solta o riso, antes preso, em nosso peito,
Que essa noite nos enfeita: alegoria.
Que essa música nos canta: amor-perfeito.
E no alegre ambiente da amizade,
Somos todos irmãos de poesia,
Desvendando os mistérios da cidade,
Que não dorme, com tanta ventania.
Nem mesmo os guardanapos têm sossego,
Aceitam as palavras de chamego,
E brindam os pilares do Ateneu.
São mudas testemunhas desse amor,
Gritando, em cada letra, o seu fulgor,
Enxugam o que, do lábio, não escorreu.
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