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Infantil-->A audaz costureirinha - Lenda dos Irmãos Grimm -- 11/09/2002 - 18:09 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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A audaz costureirinha
Manhã de verão. Uma costureira sentou-se frente a sua mesa, perto da janela. Estava bem disposta e coseu até se cansar. Uma camponesa passava rua abaixo e gritava:
"Olha a massa! Ao patê, baratinho!"
Ao ouvi-la, a costureira ficou encantada; pôs sua perspicaz cabeça à janela e chamou:
"Aqui em cima, prezada, aqui você fica livre da sua mercadoria."
A mulher subiu as três escadas com sua pesada cesta até à costureira e teve de desempacotar todas os potes para ela. Ela examinou todos, ergueu-os para o alto, cheirou-os, e disse, finalmente:
"A massa me parece boa, pese pra mim umas quatro porções, minha cara; se chegar a cento e vinte e cinco gramas, já basta."
A mulher, que tinha a esperança de fazer uma boa venda, deu-lhe o que pediu, mas foi embora bastante aborrecida e amuada.
"Agora, que Deus abençoe o patê para mim," rogou a costureira, "e me dê força e resistência."
Retirou o pão do armário, cortou um pedaço bem grande e espalhou patê por cima.
"Isso não vai ficar com gosto amargo," disse ela, "mas, primeiro, eu quero terminar a couraça; depois eu como."
Ela pôs o pão ao seu lado, coseu mais e, com alegria, fez grandes costuras. Enquanto isso, o cheiro do doce patê subia pela parede, onde as moscas pousaram em grande quantidade, e, assim atraídas, desceram como um enxame sobre a comida exposta.
"Hei, quem vos convidou?" disse a costureira e expulsou as penetras.
Entretanto, as moscas, que não entendiam nada de Português do Brasil, não se recusaram, e voltaram cada vez mais em maior companhia. Então, a costureira, finalmente, como se diz, ficou pê da vida, doida para acabar com aquele inferno; pegou um trapo de pano, e "Esperem só, é já que eu dou em vocês!" bateu impiedosamente nelas.
Quando parou e contou, nada menos que sete, bem em sua frente, haviam esticado as canelas.
"Cara, você é a tal!" Disse ela, e teve que admirar a sua própria bravura.
"A cidade toda deveria saber disso."
E, depressa, a costureira cortou um cinto, costurou-o e bordou nele os seguintes dizeres, com grandes letras :
"Sete de um só golpe!"
"O quê? Só a cidade?" foi logo dizendo, "o mundo inteiro deve saber disso!"
E o seu coração oscilou de alegria como o rabear de um cordeiro. A costureira atou o cinto sobre o corpo e quis sair mundo afora, pois, pensou ela, o ateliê era muito pequeno para sua nobreza. Antes de mudar, ela verificou em volta da casa se nada estaria lá que ela pudesse levar. Porém, ela não achou nada mais que um queijo velho, que ela embrulhou. Antes do portão, ela viu um pássaro de uma moita e prendeu-o, colocando-o dentro na bolsa, junto ao queijo. Assim, ela botou as másculas pernas para caminhar e, como era leve e ágil, ela não sentia nenhuma fadiga. O caminho a conduziu a uma montanha e, quando ela alcançou o ponto mais alto, lá estava um imenso gigante do qual se aproximou vagarosamente. A costureirinha se dirigiu a ele, corajosamente, e disse:
"Bom dia, camarada, assentado, daqui você vê, atentamente, até onde vai este mundo? Eu estou mesmo a caminho de lá e quero me testar. Você quer vir junto?"
O gigante olhou desdenhosamente para a costureira e disse:
"Você, velhaco! Você é mau companheiro!"
"Talvez!"
Respondeu a costureira que, desabotoou a saia e mostrou para o gigante o cinto.
"Aqui você pode ler o tipo de homem que sou".
O gigante leu: "Sete de um só golpe," e pensou que a costureira teria abatido homens e teria adquirido um pouco de respeito perante os homens menores. Assim, ele quis primeiro testá-la; pegou uma pedra, comprimiu-a e fez gotejar a água que estava nela.
"Faça o que fiz," disse o gigante, "se você é capaz."
"Isso é fichinha!" disse a costureira.
"Isso é passatempo pra gente."
Pegou a bolsa, tirou o queijo mole e fez escorrer o seu soro.
"Valeu! " falou ele, "Isso foi um pouco melhor?"
O gigante não sabia o que dizer, e não podia acreditar no "pequeno homem". Então, o gigante ergueu uma pedra e lançou-a tão alto que era quase impossível segui-la com os olhos.
"Agora, você embusteiro, imite-me"
"Bom arremesso," disse a costureira, "mas, a pedra deve cair novamente no chão. Eu quero lançar uma que não volte mais, de jeito nenhum."
Pegou a bolsa, tirou o pássaro e o lançou no ar. O pássaro, alegre por ficar livre, voou para cima e não voltou.
"Gostou dessa peça, camarada?" perguntou a costureira.
"Você arremessa bem," disse o gigante , "mas, agora, vejamos se você é capaz de carregar algo razoável."
Ele levou a costureirinha a um pesadíssimo tronco de carvalho que estava no chão, e disse:
"Se você é suficientemente forte, então, ajude-me a levar para fora da floresta esta árvore"
"Com prazer," respondeu o "homenzinho", "você leva só o tronco em seu ombro, eu quero erguer as galhadas com seus ramos e carregá-las, é a parte mais pesada."
O gigante levou o tronco no ombro, a costureira assentou- se em uma galhada, e, como o gigante não podia voltar-se para dar uma olhada, além da árvore, ele teve que levar a costureira pelo caminho a fora. Ela foi lá atrás toda feliz e otimista, assobiando a bela modinha "Três alfaiates cavalgaram para fora do portão", como se o transporte da árvore fosse um brinquedo de criança. O gigante, depois que tinha rebocado a pesada carga por um bom pedaço do caminho, não pôde continuar e exclamou:
"Pare, eu tenho que deixar a árvore cair."
A costureira saltou agilmente para baixo, agarrou a árvore com ambos os braços, como se ela tivesse a levado, e falou com o gigante:
"Você é um cara tão grande e não pode levar a árvore de uma vez."
Eles seguiram juntos e, quando passaram por uma cerejeira, o gigante agarrou a coroa da árvore onde pendiam as frutas mais
maduras; ele a curvou e aproximou-a das mãos da costureira e disse-lhe que eram comestíveis. A costureira, porém, estava muito fraca para segurar o galho e como o gigante soltou-o, a árvore voltou para o alto, e a costureira foi lançada como um foguete para o ar. Quando ela voltou ao solo sem se ferir, disse o gigante:
"Que é isso? Você não tem força para segurar a fraca verga?"
"Força não está faltando,"respondeu a costureirinha, "você pensa que isso seria páreo para quem já abateu sete, de um só golpe? Eu saltei sobre a árvore porque os caçadores estão atirando da cerca lá embaixo. Salte depois, se é capaz."
O gigante fez a tentativa, porém, não pôde passar por cima da árvore, ficando, apenas, dependurado na galhada; foi quando a costureirinha, novamente, se impôs. O gigante disse:
"Se você é um cara tão valente, entre em nossa caverna e pernoite hoje conosco."
A costureira estava disposta e o seguiu. Quando chegaram à caverna, outros gigantes estavam assentados ainda, em torno do fogo, e cada um tinha uma ovelha grelhada na mão, e comiam. A costureira deu uma olhada e pensou que ali era bem mais extenso que seu ateliê. O gigante deu a ela uma cama e disse que ela deveria deitar nela e dormir. A cama era, porém, muito grande e a costureira não deitou nela, mas acomodou-se em um canto. Quando deu meia-noite, o gigante pensou que a costureirinha estava em sono profundo e levantou-se; pegou uma grande barra de ferro, bateu com ela sobre a cama, e pensou que tinha acabado com aquele "gafanhoto". Ao alvorecer, os gigantes entraram na floresta e se esqueceram completamente daquela costureira; então, ela foi toda alegre e audaciosa, de uma vez, para lá. Os gigantes assustaram, ficaram com medo de que ela os matasse por vingança e aprontaram a maior correria. A costureira continuou a caminhada, sempre de nariz empinado. Depois que tinha caminhado muito tempo, entrou no pátio de um palácio real e, como sentia fadiga, deitou-se na grama e dormiu. Enquanto ficou lá, algumas pessoas vieram, observaram-na de todos os lados e leram do seu cinto a inscrição "Sete de um só golpe."
"Oh," exclamaram, "o que quer o grande herói de guerra aqui, em plena paz? Deve ser um poderoso senhor."
Elas se foram e contaram ao rei e pensaram que, se houvesse uma guerra, ele seria um homem importante e útil, que não poderia ir embora por preço nenhum. O conselho agradou o rei, e ele enviou um dos seus cortesãos à costureira para oferecer-lhe serviço militar, quando "ele" acordasse. O áulico ficou junto à dormente, esperou, até que ela esticasse os seus cambitos e abrisse os olhos e, expôs-lhe a sua proposta.
"Em verdade, é por isso que vim para cá," respondeu a costureira, "estou pronto para marchar sob as ordens do rei."
Então, ela recebeu as honras e uma moradia especial. Os guerreiros, porém, ficavam distantes da costureira e desejavam que fosse mil milhas mais longe.
"Onde vai parar isso," diziam um para o outro," se criarmos caso e brigarmos com ele, e cada vez ele cortar sete com um só golpe. Não podemos aceitar isso."
Então, tomaram a decisão de irem todos ao rei e pedir-lhe os seus desligamentos.
"Não estamos dispostos," disseram eles, "a nos manter ao lado de um homem que abate sete com um só golpe."
O rei ficou entristecido por saber que deveria perder todos seus fiéis servos por causa de um, e desejou, porque seus olhos nunca o tinham visto, ver-se livre dele com renovado prazer. Mas, ele não ousou desligá-lo, pois, ficou temeroso de que ele poderia matar o próprio rei e o seu povo, além de ocupar o seu lugar no trono. Ele pensou muito, zanzando pra lá e pra cá, e, finalmente, achou um conselho. Ele mandou dizer à costureira que, como ele havia se tornado um grande herói de guerra, pois ele queria fazer-lhe uma proposta. Em uma floresta do país dele, moravam dois gigantes que causavam muitos danos, roubando, matando, torturando e incendiando; ninguém podia se aproximar deles sem correr perigo de vida. Caso ele sobrepujasse esses dois gigantes e os matasse, então, ele desejaria lhe dar sua filha única como cônjuge, e metade do reino como dote profetício; também, cem cavaleiros deveriam acompanhá-lo e lhe dar cobertura. Isso seria algo somente para um homem, como você é, meditou a costureira: uma bonita princesa e metade de um reino não são oferecidas a qualquer um, todos os dias.
"Oh sim," respondeu prontamente," quero reprimir os gigantes e não preciso dos cem cavaleiros por perto; quem abateu sete com um só golpe não precisa ter medo de dois."
A costureira partiu, e os cem cavaleiros a seguiram. Quando chegaram à beira da floresta, ela falou aos seus acompanhantes:
"Permaneçam aqui e esperem, eu sei lidar com os gigantes sozinho."
Então, pulou para dentro da floresta e caminhou para a direita e para a esquerda. Depois de certo tempo, ela viu ambos osgigantes. Eles estavam deitados e dormiam sob uma árvore, e roncavam tanto que as galhadas curvavam para cima e para baixo. A animada costureira encheu duas bolsas, com pedras, completamente, e subiu na árvore. Quando estava no meio, deslizou sobre uma galhada, vergando-a, até que veio ficar exatamente na direção dos dormentes. E lançou uma pedra atrás da outra, que caíram sobre o peito de um gigante. O gigante demorou a sentir algo, porém, finalmente ele acordou, cutucou seu companheiro, e disse:
"Por quê você me bate?"
"Você está sonhando," disse o outro, "eu não bati em você."
Eles dormiram de novo. Então, a costureira jogou uma pedra no segundo.
"O que é isso?" exclamou o outro. "Por que você me apedreja?"
"Eu não lhe apedrejei,"respondeu esbravejando o primeiro.
Os ânimos esquentaram entre eles, por um momento, porém, como estavam muito cansados, voltaram às boas e fecharam os olhos novamente. A costureira começou o jogo dela novamente; escolheu a pedra mais pesada e lançou-a com toda a força no peito do primeiro gigante.
"Isso é muita maldade!" gritou ele; saltando como um desvairado, empurrou o seu companheiro contra a árvore que até balançou. O outro pagou com a mesma moeda, e eles entraram em tal fúria, a ponto de arrancarem árvores e jogá-las muitas vezes, um sobre o outro, até que ambos, finalmente, caíram mortos.Então, a costureirinha desceu.
"Pura sorte minha," falou, "ainda bem que não arrancaram a árvore na qual eu me sentei, ou eu teria tido que saltar como um esquilo para outra. Mas, já passou!"
Puxou sua espada e chicoteou-a algumas vezes no peito de cada um, e, em seguida, caminhou até aos cavaleiros, e disse:
"O trabalho terminou, acabei com ambos; mas foi duro, eles precisaram de arrancar árvores e lutaram muito, porém, não adianta, quando vem alguém como eu que abate sete com um só golpe."
"Não estais vós ferido?" perguntaram os cavaleiros.
"Saiu tudo bem," respondeu a costureira, "eles nem desarrumaram meu cabelo."
Os cavaleiros não queriam acreditar nela, e cavalgaram floresta adentro. Lá, encontraram os gigantes banhados de sangue, e ao redor deles as árvores arrancadas. A costureira requereu a recompensa prometida pelo rei, porém, ele arrependeu-se da sua promessa, e pensou, novamente, como poderia cortar o pescoço do herói.
"Antes de você adquirir minha filha e metade do império," disse-lhe, "você tem que realizar outra ação heróica. Na floresta vive um unicórnio que me causa grandes prejuízos. Você tem que pegálo primeiro."
"Diante de um unicórnio, tenho menos medo que diante de dois gigantes; meu lema é "sete de um só golpe."
Ela levou consigo uma corda e um machado, saiu pela floresta e pediu aos seus acompanhantes, novamente, que a esperassem fora dela. Ela não precisou de muito tempo para achar o unicórnio, que saltou logo pra cima dela, querendo lhe dar uma chifrada sem maiores circunstâncias.
"Mansinho, mansinho...," disse ela, "assim, tão depressa, não dá..."
Parou e esperou, até que o animal ficou bem próximo e, então, ela saltou agilmente para trás da árvore. O unicórnio colidiu tão de cheio, com toda a força, contra a árvore que espetou o seu chifre no tronco e não teve força bastante para se livrar dele novamente e, assim, ficou preso.
"Agora peguei o passarinho," disse a costureira.
Ela saiu detrás da árvore, pôs a corda, primeiro, no pescoço do unicórnio e, depois, cortou o chifre da árvore com o machado, e como tudo estava em ordem, ela conduziu o animal e levou-o para o rei. O rei não quis contudo lhe conceder o prêmio prometido e fez uma terceira demanda. A costureira deveria pegar primeiro, antes do casamento, um javali que fez grande dano à floresta; os caçadores deveriam acompanhá-lo e ajudá-lo.
"Com prazer," disse a costureira, "isso é mole pra nós."
Os caçadores não a acompanharam na floresta, e ela ficou muito satisfeita com isso, porque o javali já os tinha recebido várias
vezes, de forma que ela não teve nenhum desejo de tê-los como companheiros. Quando o porcão viu a costureira, correu no rumo dela, com sua boca espumosa e seus dentes afiados, querendo jogar-lhe ao chão; porém, o ligeiro herói pulou para dentro de
uma capela que estava próxima e, igualmente, pulou para cima da janela. O porco correu atrás dela, porém, ela saltou para fora, deu a volta e bateu a porta atrás dela; então, o animal furioso ficou preso, pois, era muito pesado e não conseguia saltar pela janela. A costureira chamou os caçadores que tiveram que ver a presa com seus próprios olhos.
Novamente, o herói foi até ao rei que, desta vez, querendo ou não, teve que sustentar a sua promessa, e entregou sua filha e metade do reino. Se ele soubesse, que ela não era nenhum herói de guerra, mas que tinha diante de si uma costureira, seu coração entraria em pânico maior. A cerimônia de casamento foi, então, realizada com grande esplendor e pouca alegria, e um alfaiate tornou-se rei. Depois de algum tempo, a jovem rainha ouviu, à noite, como o cônjuge dela falou em sonho:
"Jovem, faça uma couraça para mim e repare minhas calças, ou bato-lhe a vara nas orelhas."
Então, ela concluiu que o jovem senhor era de casta inferior; na manhã seguinte, reclamou com tristeza ao seu pai, e perguntou se ele gostaria de ajudá-la a ficar livre do marido, pois, ele não passava de um simples alfaiate. O rei consolou a filha e disse-lhe:
"Esta noite, deixe seu quarto aberto, meus servos deverão ficar de pé lá fora e, quando ele dormir, vão amarrá-lo e levá-lo para um navio que o levará para longe deste mundo."
A mulher ficou contente com isto, os seguranças do rei, porém, que tudo tinham ouvido, ponderaram e informaram ao jovem senhor
sobre todo o golpe.
"Vou acabar com esse assunto." Disse a costureira.
À noite, deitou-se na cama com sua esposa, no horário de costume. Quando viu que ele já estava ferrado no sono, ela se levantou, abriu a porta e deitou novamente. A costureirinha, que apenas fingia que dormia, começou a declamar de viva voz:
"Jovem, faça uma couraça para mim e repare minhas calças, ou bato-lhe com vara nas orelhas! Eu abati sete com um só golpe, matei dois gigantes, dominei e prendi um unicórnio e um javali e os que estão de pé lá fora, em frente ao meu quarto, devem me temer."
Quando estes ouviram a costureira falar assim, sobreveio neles muito medo e eles correram, como se um irado exército estivesse atrás deles, e ninguém se atreveu a fazer mais nada. Assim permaneceu a costureira sua vida inteira como rei.

Fonte: www.udoklinger.de
Das tapfere Schneiderlein An einem Sommermorgen saß ein Schneiderlein auf seinem Tisch am Fenster, war guter Dinge und nähte aus Leibeskräften. Da kam eine Bauersfrau die Straße herab und rief: »Gut Mus feil! Gut Mus feil!« Das klang dem Schneiderlein lieblich in die Ohren, er steckte sein zartes Haupt zum Fenster hinaus und rief: »Hierherauf, liebe Frau, hier wird Sie Ihre Ware los.« Die Frau stieg die drei Treppen mit ihrem schweren Korbe zu dem Schneider herauf und mußte die Töpfe sämtlich vor ihm auspacken. Er besah sie alle, hob sie in die Höhe, hielt die Nase dran und sagte endlich: »Das Mus scheint mir gut, wieg Sie mir doch vier Lot ab, liebe Frau, wenn s auch ein Viertelpfund ist, kommt es mir nicht darauf an.« Die Frau, welche gehofft hatte, einen guten Absatz zu finden, gab ihm, was er verlangte, ging aber ganz ärgerlich und brummig fort.»Nun, das Mus soll mir Gott gesegnen«, rief das Schneiderlein, »und soll mir Kraft und Stärke geben« holte das Brot aus dem Schrank, schnitt sich ein Stück über den ganzen Laib und strich das Mus darüber.»Das wird nicht bitter schmecken«, sprach er, »aber erst will ich den Wams fertigmachen, eh ich anbeiße.« Er legte das Brot neben sich, nähte weiter und machte vor Freude immer größere Stiche. Indes stieg der Geruch von dem süßen Mus hinauf an die Wand, wo die Fliegen in großer Menge saßen, so daß sie herangelockt wurden und sich scharenweis darauf niederließen. »Ei, wer hat euch eingeladen?« sprach das Schneiderlein und jagte die ungebetenen Gäste fort. Die Fliegen aber, die kein Deutsch verstanden, ließen sich nicht abweisen, sondern kamen in immer größerer Gesellschaft wieder. Da lief dem Schneiderlein endlich, wie man sagt, die Laus über die Leber, es langte aus seiner Hölle nach einem Tuchlappen, und »Wart, ich will es euch geben!« schlug es unbarmherzig drauf. Als es abzog und zählte, so lagen nicht weniger als sieben vor ihm tot und streckten die Beine.»Bist du so ein Kerl?« sprach er und mußte selbst seine Tapferkeit bewundern. »Das soll die ganze Stadt erfahren.«Und in der Hast schnitt sich das Schneiderlein einen Gürtel, nähte ihn und stickte mit großen Buchstaben darauf »Siebene auf einen Streich!«»Ei was, Stadt!« sprach er weiter, »die ganze Welt soll s erfahren!« Und sein Herz wackelte ihm vor Freude wie ein Lämmerschwänzchen. Der Schneider band sich den Gürtel um den Leib und wollte in die Welt hinaus, weil er meinte, die Werkstätte sei zu klein für seine Tapferkeit. Eh er abzog, suchte er im Haus herum, ob nichts da wäre, was er mitnehmen könnte. Er fand aber nichts als einen alten Käs, den steckte er ein. Vor dem Tore bemerkte er einen Vogel, der sich im Gesträuch gefangen hatte, der mußte zu dem Käse in die Tasche. Nun nahm er den Weg tapfer zwischen die Beine, und weil er leicht und behend war, fühlte er keine Müdigkeit. Der Weg führte ihn auf einen Berg, und als er den höchsten Gipfel erreicht hatte, so saß da ein gewaltiger Riese und schaute sich ganz gemächlich um. Das Schneiderlein ging beherzt auf ihn zu, redete ihn an und sprach: »Guten Tag, Kamerad, gelt, du sitzest da und besiehst dir die weitläufige Welt? Ich bin eben auf dem Weg dahin und will mich versuchen. Hast du Lust, mitzugehen?« Der Riese sah den Schneider verächtlich an und sprach: »Du Lump! Du miserabler Kerl!« »Das wäre!« antwortete das Schneiderlein, knöpfte den Rock auf und zeigte dem Riesen den Gürtel. »Da kannst du lesen, was ich für ein Mann bin.« Der Riese las »Siebene auf einen Streich«, meinte, das wären Menschen gewesen, die der Schneider erschlagen hätte, und kriegte ein wenig Respekt vor dem kleinen Kerl. Doch wollte er ihn erst prüfen, nahm einen Stein in die Hand und drückte ihn zusammen, daß das Wasser heraustropfte. »Das mach mir nach«, sprach der Riese, »wenn du Stärke hast.« »Ist s weiter nichts?« sagte das Schneiderlein. »Das ist bei unsereinem Spielwerk«, griff in die Tasche, holte den weichen Käs und drückte ihn, daß der Saft herauslief. »Gelt«, sprach er, »das war ein wenig besser?« Der Riese wußte nicht, was er sagen sollte, und konnte es von dem Männlein nicht glauben. Da hob der Riese einen Stein auf und warf ihn so hoch, daß man ihn mit Augen kaum noch sehen konnte. »Nun, du Erpelmännchen, das tu mir nach.« »Gut geworfen«, sagte der Schneider, »aber der Stein hat doch wieder zur Erde herabfallen müssen. Ich will dir einen werfen, der soll gar nicht wiederkommen«, griff in die Tasche, nahm den Vogel und warf ihn in die Luft. Der Vogel, froh über seine Freiheit, stieg auf, flog fort und kam nicht wieder. »Wie gefällt dir das Stückchen, Kamerad?« fragte der Schneider. »Werfen kannst du wohl«, sagte der Riese, »aber nun wollen wir sehen, ob du imstande bist, etwas Ordentliches zu tragen.« Er führte das Schneiderlein zu einem mächtigen Eichbaum, der da gefällt auf dem Boden lag, und sagte. »Wenn du stark genug bist, so hilf mir den Baum aus dem Wald heraustragen.« »Gerne«, antwortete der kleine Mann, »nimm du nur den Stamm auf deine Schulter, ich will die Äste mit dem Gezweig aufheben und tragen, das ist doch das schwerste.« Der Riese nahm den Stamm auf die Schulter, der Schneider aber setzte sich auf einen Ast, und der Riese, der sich nicht umsehen konnte, mußte den ganzen Baum und das Schneiderlein noch obendrein forttragen. Es war dahinten ganz lustig und guter Dinge, pfiff das Liedchen »Es ritten drei Schneider zum Tore hinaus«, als wäre das Baumtragen ein Kinderspiel. Der Riese, nachdem er ein Stück Wegs die schwere Last fortgeschleppt hatte, konnte nicht weiter und rief: »Hör, ich muß den Baum fallen lassen.« Der Schneider sprang behendiglich herab, faßte den Baum mit beiden Armen, als wenn er ihn getragen hätte, und sprach zum Riesen: »Du bist ein so großer Kerl und kannst den Baum nicht einmal tragen.« Sie gingen zusammen weiter, und als sie an einem Kirschbaum vorbeikamen, faßte der Riese die Krone des Baumes, wo die zeitigsten Früchte hingen, bog sie herab, gab sie dem Schneider in die Hand und hieß ihn essen. Das Schneiderlein aber war viel zu schwach, um den Baum zu halten, und als der Riese losließ, fuhr der Baum in die Höhe, und der Schneider ward mit in die Luft geschnellt. Als er wieder ohne Schaden herabgefallen war, sprach der Riese: »Was ist das, hast du nicht die Kraft, die schwache Gerte zu halten?« »An der Kraft fehlt es nicht«, antwortete das Schneiderlein,«meinst du, das wäre etwas für einen, der siebene mit einem Streich getroffen hat? Ich bin über den Baum gesprungen, weil die Jäger da unten in das Gebüsch schießen. Spring nach, wenn du s vermagst.« Der Riese machte den Versuch, konnte aber nicht über den Baum kommen, sondern blieb in den Ästen hängen, also daß das Schneiderlein auch hier die Oberhand behielt. Der Riese sprach: »Wenn du ein so tapferer Kerl bist, so komm mit in unsere Höhle und übernachte bei uns.« Das Schneiderlein war bereit und folgte ihm. Als sie in der Höhle anlangten, saßen da noch andere Riesen beim Feuer, und jeder hatte ein gebratenes Schaf in der Hand und aß davon. Das Schneiderlein sah sich um und dachte, es ist doch hier viel weitläufiger als in meiner Werkstatt. Der Riese wies ihm ein Bett an und sagte, er solle sich hineinlegen und ausschlafen. Dem Schneiderlein war aber das Bett zu groß, es legte sich nicht hinein, sondern kroch in eine Ecke. Als es Mitternacht war und der Riese meinte, das Schneiderlein läge in tiefem Schlafe, so stand er auf, nahm eine große Eisenstange, schlug das Bett mit einem Schlag durch und meinte, er hätte dem Grashüpfer den Garaus gemacht. Mit dem frühsten Morgen gingen die Riesen in den Wald und hatten das Schneiderlein ganz vergessen, da kam es auf einmal ganz lustig und verwegen dahergeschritten. Die Riesen erschraken, fürchteten, es schlüge sie alle tot, und liefen in einer Hast fort. Das Schneiderlein zog weiter, immer seiner spitzen Nase nach. Nachdem es lange gewandert war, kam es in den Hof eines königlichen Palastes, und da es Müdigkeit empfand, so legte es sich ins Gras und schlief ein. Während es da lag, kamen die Leute, betrachteten es von allen Seiten und lasen auf dem Gürtel »Siebene auf einen Streich.« »Ach«, sprachen sie, »was will der große Kriegsheld hier mitten im Frieden? Das muß ein mächtiger Herr sein.« Sie gingen und meldeten es dem König und meinten, wenn Krieg ausbrechen sollte, wäre das ein wichtiger und nützlicher Mann, den man um keinen Preis fortlassen dürfte. Dem König gefiel der Rat, und er schickte einen von seinen Hofleuten an das Schneiderlein ab, der sollte ihm, wenn es aufgewacht wäre, Kriegsdienste anbieten. Der Abgesandte blieb bei dem Schläfer stehen, wartete, bis er seine Glieder streckte und die Augen aufschlug, und brachte dann seinen Antrag vor. »Eben deshalb bin ich hierhergekommen«, antwortete das Schneiderlein, »ich bin bereit, in des Königs Dienste zu treten.« Also ward er ehrenvoll empfangen und ihm eine besondere Wohnung angewiesen. Die Kriegsleute aber waren dem Schneiderlein aufgesessen und wünschten, es wäre tausend Meilen weit weg. »Was soll daraus werden«, sprachen sie untereinander, »wenn wir Zank mit ihm kriegen und er haut zu, so fallen auf jeden Streich siebene. Da kann unsereiner nicht bestehen.« Also faßten sie einen Entschluß, begaben sich allesamt zum König und baten um ihren Abschied. »Wir sind nicht gemacht«, sprachen sie, »neben einem Mann auszuhalten, der siebene auf einen Streich schlägt.« Der König war traurig, daß er um des einen willen alle seine treuen Diener verlieren sollte, wünschte, daß seine Augen ihn nie gesehen hätten, und wäre ihn gerne wieder los gewesen. Aber er getraute sich nicht, ihm den Abschied zu geben, weil er fürchtete, er möchte ihn samt seinem Volke totschlagen und sich auf den königlichen Thron setzen. Er sann lange hin und her, endlich fand er einen Rat. Er schickte zu dem Schneiderlein und ließ ihm sagen, weil er ein so großer Kriegsheld wäre, so wollte er ihm ein Anerbieten machen. In einem Walde seines Landes hausten zwei Riesen, die mit Rauben, Morden, Sengen und Brennen großen Schaden stifteten, niemand dürfte sich ihnen nahen, ohne sich in Lebensgefahr zu setzen. Wenn er diese beiden Riesen überwände und tötete, so wollte er ihm seine einzige Tochter zur Gemahlin geben und das halbe Königreich zur Ehesteuer; auch sollten hundert Reiter mitziehen und ihm Beistand leisten. Das wäre so etwas für einen Mann, wie du bist, dachte das Schneiderlein, eine schöne Königstochter und ein halbes Königreich wird einem nicht alle Tage angeboten. »O ja«, gab er zur Antwort, »die Riesen will ich schon bändigen und habe die hundert Reiter dabei nicht nötig; wer siebene auf einen Streich trifft, braucht sich vor zweien nicht zu fürchten.« Das Schneiderlein zog aus, und die hundert Reiter folgten ihm. Als es zu dem Rand des Waldes kam, sprach es zu seinen Begleitern: »Bleibt hier nur halten, ich will schon allein mit den Riesen fertig werden.« Dann sprang er in den Wald hinein und schaute sich rechts und links um. Über ein Weilchen erblickte er beide Riesen: Sie lagen unter einem Baume und schliefen und schnarchten dabei, daß sich die Äste auf und nieder bogen. Das Schneiderlein, nicht faul, las beide Taschen voll Steine und stieg damit auf den Baum. Als es in der Mitte war, rutschte es auf einen Ast, bis es gerade über die Schläfer zu sitzen kam, und ließ dem einen Riesen einen Stein nach dem andern auf die Brust fallen. Der Riese spürte lange nichts, doch endlich wachte er auf, stieß seinen Gesellen an und sprach: »Was schlägst du mich?« »Du träumst«, sagte der andere, »ich schlage dich nicht.« Sie legten sich wieder zum Schlaf, da warf der Schneider auf den zweiten einen Stein herab. »Was soll das?« rief der andere. »Warum wirfst du mich?« »Ich werfe dich nicht«, antwortete der erste und brummte. Sie zankten sich eine Weile herum, doch weil sie müde waren, ließen sie s gut sein, und die Augen fielen ihnen wieder zu. Das Schneiderlein fing sein Spiel von neuem an, suchte den dicksten Stein aus und warf ihn dem ersten Riesen mit aller Gewalt auf die Brust. »Das ist zu arg!« schrie er, sprang wie ein Unsinniger auf und stieß seinen Gesellen wider den Baum, daß dieser zitterte. Der andere zahlte mit gleicher Münze, und sie gerieten in solche Wut, daß sie Bäume ausrissen, aufeinander losschlugen, so lange, bis sie endlich beide zugleich tot auf die Erde fielen. Nun sprang das Schneiderlein herab. »Ein Glück nur«, sprach es, »daß sie den Baum, auf dem ich saß, nicht ausgerissen haben, sonst hätte ich wie ein Eichhörnchen auf einen andern springen müssen: Doch unsereiner ist flüchtig!« Es zog sein Schwert und versetzte jedem ein paar tüchtige Hiebe in die Brust, dann ging es hinaus zu den Reitern und sprach: »Die Arbeit ist getan, ich habe beiden den Garaus gemacht; aber hart ist es hergegangen, sie haben in der Not Bäume ausgerissen und sich gewehrt, doch das hilft alles nichts, wenn einer kommt wie ich, der siebene auf einen Streich schlägt.« »Seid Ihr denn nicht verwundet?« fragten die Reiter. »Das hat gute Wege«, antwortete der Schneider, »kein Haar haben sie mir gekrümmt.« Die Reiter wollten ihm keinen Glauben beimessen und ritten in den Wald hinein: Da fanden sie die Riesen in ihrem Blute schwimmen, und ringsherum lagen die ausgerissenen Bäume. Das Schneiderlein verlangte von dem König die versprochene Belohnung, den aber reute sein Versprechen, und er sann aufs neue, wie er sich den Helden vom Halse schaffen könnte. »Ehe du meine Tochter und das halbe Reich erhältst«, sprach er zu ihm, »mußt du noch eine Heldentat vollbringen. In dem Walde läuft ein Einhorn, das großen Schaden anrichtet. Das mußt du erst einfangen.« »Vor einem Einhorne fürchte ich mich noch weniger als vor zwei Riesen; siebene auf einen Streich, das ist meine Sache.« Er nahm sich einen Strick und eine Axt mit, ging hinaus in den Wald und hieß abermals die, welche ihm zugeordnet waren, außen warten. Er brauchte nicht lange zu suchen, das Einhorn kam bald daher und sprang geradezu auf den Schneider los, als wollte es ihn ohne Umstände aufspießen. »Sachte, sachte«, sprach er, »so geschwind geht das nicht«, blieb stehen und wartete, bis das Tier ganz nahe war, dann sprang er behendiglich hinter den Baum. Das Einhorn rannte mit aller Kraft gegen den Baum und spießte sein Horn so fest in den Stamm, daß es nicht Kraft genug hatte, es wieder herauszuziehen, und so war es gefangen. »Jetzt hab ich das Vöglein«, sagte der Schneider, kam hinter dem Baum hervor, legte dem Einhorn den Strick erst um den Hals, dann hieb er mit der Axt das Horn aus dem Baum, und als alles in Ordnung war, führte er das Tier ab und brachte es dem König. Der König wollte ihm den verheißenen Lohn noch nicht gewähren und machte eine dritte Forderung. Der Schneider sollte ihm vor der Hochzeit erst ein Wildschwein fangen, das in dem Wald großen Schaden tat; die Jäger sollten ihm Beistand leisten. »Gerne«, sprach der Schneider, »das ist ein Kinderspiel.« Die Jäger nahm er nicht mit in den Wald, und sie waren s wohl zufrieden, denn das Wildschwein hatte sie schon mehrmals so empfangen, daß sie keine Lust hatten, ihm nachzustellen. Als das Schwein den Schneider erblickte, lief es mit schäumendem Munde und wetzenden Zähnen auf ihn zu und wollte ihn zur Erde werfen. Der flüchtige Held aber sprang in eine Kapelle, die in der Nähe war, und gleich oben zum Fenster in einem Satze wieder hinaus. Das Schwein war hinter ihm hergelaufen, er aber hüpfte außen herum und schlug die Tür hinter ihm zu; da war das wütende Tier gefangen, das viel zu schwer und unbehilflich war, um zu dem Fenster hinauszuspringen. Das Schneiderlein rief die Jäger herbei, die mußten den Gefangenen mit eigenen Augen sehen. Der Held aber begab sich zum Könige, der nun, er mochte wollen oder nicht, sein Versprechen halten mußte und ihm seine Tochter und das halbe Königreich übergab. Hätte er gewußt, daß kein Kriegsheld, sondern ein Schneiderlein vor ihm stand, es wäre ihm noch mehr zu Herzen gegangen. Die Hochzeit ward also mit großer Pracht und kleiner Freude gehalten und aus einem Schneider ein König gemacht. Nach einiger Zeit hörte die junge Königin in der Nacht, wie ihr Gemahl im Traume sprach: »Junge, mach mir den Wams und flick mir die Hosen, oder ich will dir die Elle über die Ohren schlagen.« Da merkte sie, in welcher Gasse der junge Herr geboren war, klagte am anderen Morgen ihrem Vater ihr Leid und bat, er möchte ihr von dem Manne helfen, der nichts anderes als ein Schneider wäre. Der König sprach ihr Trost zu und sagte: »Laß in der nächsten Nacht deine Schlafkammer offen, meine Diener sollen außen stehen und, wenn er eingeschlafen ist, hineingehen, ihn binden und auf ein Schiff tragen, das ihn in die weite Welt führt.« Die Frau war damit zufrieden, des Königs Waffenträger aber, der alles mit angehört hatte, war dem jungen Herrn gewogen und hinterbrachte ihm den ganzen Anschlag. »Dem Ding will ich einen Riegel vorschieben«, sagte das Schneiderlein. Abends legte es sich zu gewöhnlicher Zeit mit seiner Frau zu Bett. Als sie glaubte, er sei eingeschlafen, stand sie auf, öffnete die Tür und legte sich wieder. Das Schneiderlein, das sich nur stellte, als wenn es schliefe, fing an mit heller Stimme zu rufen: »Junge, mach mir den Wams und flick mir die Hosen, oder ich will dir die Elle über die Ohren schlagen! Ich habe siebene mit einem Streich getroffen, zwei Riesen getötet, ein Einhorn fortgeführt und ein Wildschwein gefangen und sollte mich vor denen fürchten, die draußen vor der Kammer stehen!« Als diese den Schneider also sprechen hörten, überkam sie eine große Furcht, sie liefen, als wenn das wilde Heer hinter ihnen wäre, und keiner wollte sich mehr an ihn wagen. Also war und blieb das Schneiderlein sein Lebtag ein König.





























































































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