NADA
O tempo é uma ficção
E não existe...
Só existe este ficar
Num agora inconsequente.
E o profeta,
Um charlatão
Que não resiste
À sedução do nada linear...
O historiador
É uma cavalo morto,
Vesgo e torto,
Correndo à desfilada
Com carros e comboios,
Aviões e foguetões.
E tudo é vaidade!
Só a morte,
Onde o nada se esconde
E regenera,
É redentora! |