Papa vai à Turquia para promover unidade com cristãos ortodoxos
www.zenit.org
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 17 de novembro de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI espera que sua visita à Turquia, que acontecerá de 28 de novembro a 1º de dezembro, sirva para avançar no diálogo entre os cristãos rumo à unidade plena, quebrada há quase um milênio.
Assim confessou o próprio pontífice nesta sexta-feira, no discurso que dirigiu aos participantes da assembléia plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
«Minha iminente visita a Sua Santidade Bartolomeu I e ao patriarcado ecumênico será um novo sinal de estima pelas Igrejas ortodoxas, e servirá como estímulo -- assim o esperamos -- para apressar o passo para o restabelecimento da comunhão plena.»
A visita apostólica acontece em resposta ao convite pessoal de Bartolomeu I por ocasião da festa de Santo André apóstolo, irmão mais velho de São Pedro e fundador do patriarcado de Constantinopla, que se encontra na atual Istambul.
Em 30 de novembro, Bartolomeu I e Bento XVI assinarão uma declaração ecumênica conjunta.
Movimento ecumênico é prioritário para Bento XVI
Neste campo, constata, «o silêncio se transformou em palavra de comunhão»
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 17 de novembro de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI confirmou nesta sexta-feira que o movimento ecumênico para a unidade plena entre os cristãos constitui uma prioridade de seu ministério como bispo de Roma, seguindo o caminho traçado pela Igreja Católica nas últimas quatro décadas.
«O Concílio Vaticano II considerou como um de seus principais objetivos o restabelecimento da plena unidade entre os cristãos», recordou o Papa. «Este é também meu objetivo.»
Escutaram suas palavras os participantes da assembléia plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, presidido pelo cardeal alemão Walter Kasper.
O pontífice recordou a primeira mensagem que escreveu como Papa, em 20 de abril de 2005, na qual assumiu «como compromisso prioritário trabalhar sem poupar energias na reconstrução da unidade plena e visível de todos os seguidores de Cristo».
O atual sucessor de Pedro acrescentou naquela ocasião que «está disposto a fazer todo o possível para promover a causa fundamental do ecumenismo».
Em seu discurso desta sexta-feira, reconheceu que na realidade se deram passos importantes desde o Concílio Vaticano II, «onde os observadores delegados das demais igrejas e comunidades eclesiais estavam atentos, mas em silêncio».
«Esta imagem deu lugar nas décadas sucessivas à realidade de uma Igreja em diálogo com todas as igrejas e comunidades eclesiais do Oriente e do Ocidente.»
«O silêncio se transformou em palavra de comunhão», constatou. «Realizou-se um enorme trabalho no âmbito universal e local. Redescobriu-se a fraternidade entre todos os cristãos e se restabeleceu como condição de diálogo, de cooperação, de oração comum de solidariedade.»
Em particular, o Papa se comoveu ao recordar «a experiência de comunhão vivida com os representantes das demais Igrejas e comunidades eclesiais vindos de todos os continentes para participar dos funerais do inesquecível Papa João Paulo II e também da inauguração de meu pontificado».
«Compartilhar a dor e a alegria é sinal visível da nova situação que se criou entre os cristãos», reconheceu exclamando: «Bendito seja Deus!».