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Cordel-->ABC para Luiz Gonzaga- Paulo Nunes Batista -- 15/01/2006 - 13:36 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

ABC para Luiz Gonzaga – O Rei do Baião
Paulo Nunes Batista
Email pnbpoeta@brturbo.com

A “Asa Branca” da Poesia,
Que é luz-que-nunca-se-apaga,
Dá-me toda a Inspiração
A fim de que eu cante a saga
Desse Cantor Brasileiro,
Rei do Baião, Sanfoneiro-
Rei- LUIZ “LUA” GONZAGA.

B Baião, música da gente
Do Nordestino Sertão,
Pôde, com LUIZ GONZAGA,
Reinar em toda a Nação,
De norte a sul do País:
Porisso mesmo, LUIZ
GONZAGA é o “Rei do Baião”.

C Cantor do Brasil – Nordeste,
Ele só vale por mil.
Na batalha da Cultura,
A sanfona é seu fuzil.
LUIZ GONZAGA, que eu louvo,
Rei da Música do Povo,
É o Porta Voz do Brasil.

D De numerosos sucessos
É, LUIZ GONZAGA, autor.
Puxou enxada na Roça,
Foi Vaqueiro e Lavrador
Na sua Exu Nordestina...
Mas, trouxe, do berço, a sina
De ser um grande Cantor.

E Exu, a sua cidade,
LUIZ GONZAGA deixou
- o seu Riacho da Brígida,
onde em Menino brincou.
Mas, cabra bom de pagode,
A sanfona pé-de-bode
Na matula carregou.

F Fardou-se, assentando praça
No Exército Nacional.
Mas, a carreira das armas
Não era seu ideal:
Suas balas eram o Som
-fez, da alma do Acordeon,
o seu fuzil musical!

G Gonzaguinha, o filho dele,
Na mesma pisada vai.
A tradição da família
Com Gonzaguinha não cai:
Trouxe o dom hereditário
De seu Avô Januário
E LUIZ GONZAGA, o pai.

H Humberto Teixeira, o grande
Poeta-compositor,
Uniu-se a LUIZ GONZAGA,
Dando mais força ao Cantor:
Dessa perfeita união
Novo ritmo – o Baião-
Veio mostrar seu valor.

I Iniciou nova fase
Na Música Popular
O BAIÃO – fazendo o Povo
O que era nosso cantar:
LUIZ GONZAGA, o Sertão
Trouxe na palma da Mão
Pro mundo todo dançar.

J Januário, o Sanfoneiro,
Transmitiu ao filho o dom.
É LUIZ GONZAGA, um mestre
Nas teclas do acordeon.
E, Gonzaguinha, seu filho,
Do avô e do pai ao trilho
Faz, em música, o que é bom.

L LUIZ GONZAGA firmou-se
Por sua autenticidade,
Trazendo a Voz do Sertão
Para cantar na Cidade.
Com seu “No meu pé de serra”
Ganhou logo, em nossa terra,
Grande popularidade.

M “Madame Baião” – Helena...
Baião bom como ele só...
“Légua Tirana” – Zé Dantas...
O xote “No Piancó”...
“Assum Preto”... “Juazeiro”...
“Paraíba”...- é o Sanfoneiro
dando e desatando nó...

N Na “Moda da Mula Preta”
LUIZ mostra como é
A fibra do “Boiadeiro”...
Na “Estrada de Canindé”
E no “Xote das Meninas”
- as raízes nordestinas
mostra bem vivas, de pé!

O “Ovo de Codorna” – é
Grande sucesso, de novo...
“Padroeira do Brasil”,
junto a “Sanfona do Povo”,
“Vozes da Seca” (toada)...,
é essa Voz iluminada
do meu Nordeste, que eu louvo!

P Povo é o Brasil imortal,
A alma pura brasileira,
Que em LUIZ GONZAGA tem
Seu brasão, sua bandeira,
Sua música, seu fole,
Seu Som que com o Povo bole
Num coco, frevo ou rancheira!

Q Quadra, quadrilha, quadrão
Quem viu cantar e dançar;
Coco, forró e xaxado,
Balance, balancear;
Xote, baião e pagode
- a um bom fole pé-de-bode
valor melhor pode dar.

R “rei do Baião” é LUZ
GONZAGA, pernambucano,
Que, no tecido do fole
Corta certo e sem engano,
Caprichando no arremate,
Como perito “ALFAIATE”,
Mas não “DO PRIMEIRO ANO”...

S Sanfona tem seus segredos,
Suas manhas, seu mister,
Seus mistérios, suas dicas
-não vai nas mãos de um qualquer.
Quem não sabe o jeito, a tõnica,
Não conquista o fole, a harmônica,
Pois – a Sanfona – é mulher...

T “Treme Terra” – esse nome
Do garboso Regimento
A que GONZAGA serviu
Com honra e devotamento:
Praça 122
Viria a ser “rei” depois,
No trono do Sentimento!

U Uma sanfona, um zabumba,
Um reco-reco, um ganzá,
Lua-Cheia, em Pernambuco,
Paraíba ou Ceará
E as caboclas requebrando,
LUIZ GONZAGA cantando
-ninguém nunca esquecerá...

V Viola pra violeiro
-cada um fica na sua” -;
Sanfona pra Sanfoneiro,
Baião para Luiz “LUA”
GONZAGA, o bamba da zona
Que, nos baixos da Sanfona
Abre alas, tranca rua...

X Xis ‘stá no meio de Exu
E depois do ó de “ô, xente!”
O xis de LUIZ GONZAGA
É agradar a alma da gente:
Tocando, com mais de légua
Sua Sanfona “pai dégua”
Deixa o Brasil sorridente...

Z Zé Dantas, poeta macho,
É filho do Pajeú.
Em “ A Volta de Asa Branca”
Veste o sertão nu e cru
Com Chuva e esperança acesa,
Como o veste de Beleza
LUIZ GONZAGA de Exu!...
Anápolis-GO, 07-05-1980
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