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Textos_Religiosos-->Jesus e Maria no Alcorão -- 20/11/2006 - 11:10 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JESUS E MARIA NO ALCORÃO

Humberto Pinho da Silva - via web

No tempo do Papa S. Bonifácio IV,581 anos depois da morte de Jesus e 180 do falecimento de Santo Agostinho, Muhammad, conhecido no ocidente por Maomé, foi, segundo asseverou, contactado pelo Arcanjo S. Gabriel.

O Profeta Muhammad (Muhammad ben Abdullah ben Abdul Mutlib ben Háxime),nasceu em Meca no ano de 570 d.C. Aos dois meses morre-lhe o pai,(Abdallah) legando-lhe de herança: cinco camelos, a escrava Baraka e algumas ovelhas. A mãe, Bibi Amina cuida dele até aos seis anos; entretanto faleceu, ficando o Profeta entregue à escrava. Decorrido mais dois anos, o tio Abu Talib levou-o para casa, tratando-o como filho.
Muhammad, desde muito novo mostrou extraordinária capacidade intelectual e cedo coadjuva nos negócios o tio.

Ao completar vinte anos, foi trabalhar para uma prima, viúva, muito rica, chamada Cadija. Esta, reconhecendo a excepcional inteligência, propõe-lhe casamento.

Por volta dos quarentas anos o Profeta Muhammad é senhor de abastados cabedais. Tem mulher dedicada e filhos. Por essa época o Arcanjo S. Gabriel revela-lhe a Palavra e diz-lhe que será Profeta de Deus. Manteve, restrita à família, essa revelação; três anos depois começa a pregar.

Os árabes politeístas, não acolhem de bom grado a doutrina e oferecem-lhe dinheiro para abandonar a doutrina. Não aceita. É considerado persona nom grata em Meca. Retira-se então para Iatrib e em seguida para Medina, proclamando:”Não haverá nenhum profeta depois de mim.”

Com a espada entra em Meca, e alguns califas, idalções, xeques, meliques e amires expandiram o Islão, do mesmo jeito que os europeus levaram a cruz, enriquecendo reinos e bolsa de poderosos.

O Profeta teve várias esposas mas, para sempre, ficou grato à primeira, por se ter casado, sendo ele pobre.

Como os cristãos, que possuem a Bíblia e A guardam na estante ou na mesinha de cabeceira, mas não A lêem ou lêem-Na mal, há muçulmanos que não conhecem ou não sabem devidamente interpretar o Alcorão.

Se ambos fossem mais crentes do que religiosos, sabiam que Jesus mandou Amar o próximo e até os inimigos (Mt.5: 43,44) e o Cap. CIX do Livro Sagrado do Islão, recomenda tolerância para os que seguem religiões diferentes e Faz o bem da mesma maneira que Deus to faz! (Cap. XXVIII: 77).

O “Credo dos fiéis”, que o bom muçulmano conhece e reza, diz: ”Cremos em Deus, no que nos foi revelado e no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac ,a Jacob, a Jesus e aos Profetas, provenientes do seu Senhor; não estabelecemos diferença entre eles, e nós estamos submetidos a Ele, somos muçulmanos” Cap. III: 84.

E no Cap. V: 82, Maomé lembra: “Nos que dizem: “Nós somos cristãos”, encontrarás os mais próximos, em amor, para os que crêem, e isso porque entre eles há sacerdotes e monges e não se enchem de orgulho.”

Vejamos, então, as referências a Jesus, contidas no Livro Sagrado dos muçulmanos:

Cap. V: 110 - “Jesus, filho de Maria, recorda o benefício que dispensei sobre ti e sobre tua mãe, quando te auxiliei com o Espírito Santo”. E a referir-se a Nossa Senhora afirma:”Ó Maria! Deus te escolheu e te purificou. Escolheu-te entre todas as mulheres dos mundos - Cap. III: 42.

Mais adiante (Cap.III: 45) lembra:”Recorda-te quando os anjos disseram: “Ó Maria! Deus te anuncia um Verbo emanado d’Ele, cujo nome é Messias, Jesus, filho de Maria: será ilustre nesta vida e na outra; e estará entre os próximos de Deus!”

O muçulmano sabe que Jesus foi gerado por Maria, por graça de Deus. O Cap. III: 47 afirma: ”Ela disse: Senhor meu: como terei um filho se não me tocou nenhum mortal ? Ele disse: ”Assim será". Deus cria o que quer. Quando decreta alguma coisa, diz apenas: ”Seja! E é”.

E se, o que se disse, não fosse bastante para considerar as duas religiões irmãs, filhas de Abraão, leia-se o Cap. II: 62: “Na verdade, os que crêem, os que praticam o judaísmo, os cristãos e os sabeus - os que crêem em Deus e nos Últimos Dias e praticam o bem - terão a recompensa junto do seu Senhor. Para eles não há temor.”

Ainda que o Alcorão confirme a Bíblia, de modo poético e imagens diferentes, há incontornáveis divergências: a divindade de Jesus - Cap. IV: 171. O muçulmano considera que o nascimento do Messias foi um milagre, mas não é filho, mas criatura (Profeta) de Deus. Não crêem na crucificação, mas que foi elevado ao Céu e está junto de Deus - influências do ebionismo como opina Bengt Hagglund? - História da Teologia.

O Alcorão condena, igualmente, o crime abominável do aborto (Cap.XVII: 31), confirma a ressurreição dos mortos, o Juízo Final (Cap.II: 28), a igualdade dos sexos, porque “procedeis uns dos outros” (Cap.III: 195); mas, ainda que adorando o mesmo e único Deus, diferem no conceito de Altíssimo.

João Paulo II, na entrevista a Vittorio Messori, confessa: ”Ao Deus do Alcorão são dados nomes entre os mais belos conhecidos na linguagem humana, mas, ao fim e ao cabo, é um Deus fora do mundo, um Deus que é apenas Majestade, nunca Emanuel, Deus - connosco. O islamismo não é uma religião de redenção. Nele não há espaço para a Cruz e a Ressurreição, Jesus é mencionado, mas apenas como profeta, preparando o último profeta, Maomé. É recordada também Maria, Sua Mãe virginal, mas está completamente ausente o drama da redenção. Por isso, não apenas a teologia, mas também a antropologia do Islão é muito distante da cristã.” - Atravessar o Limiar da Esperança (pag. 88, Edições Temas da Actualidade, S. A. - Lisboa).

Do sobredito se infere que não há motivo de rivalidade, apesar das divergências inconciliáveis; ambos concordam que nos Últimos Dias, no Juízo Final, Deus julgará, consoante o bem ou o mal que se pratica e o Alcorão lembra:

"Repele a maldade com o que é melhor! Assim aquele com quem estás em inimizade passará a ser um amigo fervoroso" - Cap. XLI: 34.









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