Ó lua que macilenta surge no horizonte,
desça sobre mim o manto da noite,
traga esperança de um novo amor, luzindo!
E a gota de orvalho que cai da folha.
Leve essa mágoa que escoa na poesia,
que vivo!
Na névoa que desce sobre a mata virgem,
traga na brisa com seu bojo,
o amanhecer concretizando sonhos,
que há pouco sonhei...
Devolva-me o sorriso de sentir outra mão deslizando no corpo,
preciso sorrir, num novo amor, viver!
E o céu azul seja de dourados sonhos,
e que o luzir da manhã raiada...
Rufla os pensamentos de amor,
que me faz um carente sofredor,
por alguém que me esqueceu,
que só expiação deixou...
Almejo um olhar ferindo meu olhar,
e num abraço pleno de ternuras, se deixe ficar...
Sem pensar em despedida, me fazendo feliz...
Que os meus sentimentos sejam luzidios!
E, com o perfume das flores,
embeveça quem sofre como eu à falta de um beijo roubado.
Que nunca senti...
Que nunca roubei...
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