Emaranhei sonhos de beleza rara,
misturando com a fé que acalenta,
mas a desventura que me apavorara,
dissolveu-os nesta tarde sonolenta.
Com o passar dos tempos imaginava,
totalmente imersos na cinza nevoenta,
as ilusões que a noite fria devorara,
no final de tarde escura e pardacenta.
Porém, meu engano foi surpreendente,
quando dos sonhos, meus poemas,
ressurgiram um certo dia, de repente.
Dessa ventura que trago bem presente,
quero misturar as rimas, os diademas
que ornamentem a Musa eternamente.
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