Quando se dispuser a amar, concentre-se. Anule seu mundo exterior. Sinta-se no sacrário da vida. Caminhe imbuído deste sentido. Prepare-se pessoalmente com interioridade para partir serenamente ao encontro da alma e da ternura de seu parceiro. Anule o tempo e o espaço. Transforme-se num sensibilizador capaz de adivinhar o corpo, os itinerários, os sentimentos, as emoções e o carinho de quem lhe oferece sua intimidade. Busque a vida, a sensação, a paz, a comunhão, a troca de sensações, em harmonia com seu amante. Os dois devem caminhar sem outra noção que não seja o bem-estar do envolvimento de cada um de modo a ficarem ligados pessoal e cosmicamente com o centro da vida, rumo ao sublime exercício do amor aconchegante e feliz.
Você entenderá que a vida e o êxtase do corpo terão nesse momento apenas a dimensão da vida e do êxtase da alma.
Pense nisso.