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Cordel-->CORDEL DO AMÔ – SEGUNDO LILI MAIAL -- 29/11/2005 - 19:01 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CORDEL DO AMÔ – SEGUNDO LILI MAIAL



O amô é uma duença,
nos ataca pelas costa,
faz qui é tudo só querença,
que de tudo o cabra gosta,
mas basta num concordá
com o que seu mestre mandá,
pra virá tudo uma bosta.



O amô faz nós sorri,
um sorriso de ilusão,
meusamô daqui e dali,
Meu benzim, minha paixão,
mas deixa um homi espiá,
Pra modi te namorá,
Que vai tudo pelo chão.


O amô tem o desejo,
de vivê sempre do lado,
começa co’o tar do beijo,
deixa os dois apaixonado,
inté que outra boca surge,
num há flô que nunca murche,
esse vaso tá rachado!


O amô é tão bonito,
Nasce lindo como anjinho,
Faz o coração aflito,
Se separa o seu caminho,
Mas ele mostra a feiúra,
Num momento de loucura,
Se o ciúme é seu padrinho.


O amô é um ancião,
palhaço mais que manjado,
engambela a multidão,
Faz do esperto um atolado,
Mas todo mundo qué tê
Um amô inté morrê,
Êta truque bem forjado!


O amô engana o tempo,
jura que não tem fim,
Tudo é só contentamento,
Se ocê tá junto a mim,
o chato é quando se casa,
O carim sempre atrasa,
Tem criança no meim...



O amô é tudo di bom,
como é bom fazê cordé,
por isso é sempre bom tom,
num arriscá sem tê fé,
Que esse troço é traiçoeiro,
Ninguém sabe quem primeiro,
Lá pra trás deixou o pé...


O amô tem seus percalço,
todo dia é posto ‘a prova,
a muié cum filho falso,
Coroa flertando a nova,
Bunito é só o começo,
Adispois vem os tropeço,
Se é cumigo, leva sova!



O amô num tem idade,
ama, o gato, a quarentona,
E co’a maió liberdade,
Ama, o véio, a gostosona,
O difíci é qui nem nóis,
Cá debaixo dos lençõis,
Disgrudá da maratona!



O amô num tem fronteira,
felicidade que encanta,
posso num sê brasileira,
mas sotaque num espanta,
só num vai miscigená,
purque eu viro carcará,
navalha na coxa canta!



O amô é todo entrega,
ce dá tudo que ocê tem,
dá o céu, dá as estrela,
dá o cume, sem porém,
adispois de tanto dá,
se num tem pro ladicá,
vai pagá cum o teu também...



O amô é sorrateiro,
chega bem devagarinho,
treme o corpo por inteiro,
te derrete direitinho,
mas não hora de acabá,
é barulho de matá,
dessa flô só fica o espinho.



Meus amigo du USINA,
num credita nas palavra
de poeta qui amofina,
só brincano de sê brava,
qui o amô é alimento,
seja alegre ou sofrimento,
nasce em mim e num se acaba.



Lili Maial – matano a saudade dos cordelista do Usina
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