Há momentos na vida que uma grande angústia atinge a nossa alma. Neles ansiamos por ser amados, nos sentimos como parte de um grande vazio e o nosso coração se desespera e chora cheio de amargura.

Esperamos nessa hora por alguém que alivie, com a sua presença, a dor angustiante que nos consome. Por um grande amor, mas só que ele inúmeras vezes vem em nossa direção e nós sempre nos encontramos olhando para outro lado quando ele se apresenta.

Durante toda a nossa vida temos tão pouco desse sentimento – o amor em nossa alma - que milhares de pessoas cruzam em nosso caminho, sentindo-se tão ou mais carentes do que nós, e nem olhamos para elas.

Nessas ocasiões estamos cegos pelo nosso egoísmo, pela nossa mesquinhez e desejando ser amados, mas incapazes de retribuir ao amor de que tanto precisamos.

Em certas ocasiões chegamos até a descrer desse amor, por causa das inúmeras decepções pelas quais passamos em nossa vida e por estarmos cheios de cicatrizes causadas pelos relacionamentos que tentamos e os quais sempre fracassaram.

Há, se tivéssemos tentado da maneira certa:

Amado com muito carinho e disposto a dar de nós sem esperar nada em troca. Oferecido algo para aquele alguém que estava aberto para nós, ao invés de agirmos como se o amor fosse algo que só serve para satisfazer os nossos prazeres e a nossa volúpia, você pode ter certeza que essa angustia que nos atinge, a solidão que sentimos e esse vazio que temos em nossa alma não existiriam para nós.

Só se sente amado, e o é de verdade, aquele que antes de precisar do amor tem necessidade de oferecer esse sentimento sem restrição e disso nunca espera algum retorno. Que carrega um amor muito grande e verdadeiro em sua alma e se preocupa em dividi-lo com o mundo e com as pessoas.

Essa pessoa nunca precisara pedir para ser amado e o amor nunca estará longe dela porque ele faz parte de si.

CARLOS CUNHA

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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites



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