Usina de Letras
Usina de Letras
245 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->SUA MAJESTADE - O REPENTISTA -- 25/11/2005 - 07:56 (Andarilho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131438349429706500


SUA MAJESTADE – O REPENTISTA
Silva Filho



Dentre tantas atrações
Que encontramos na vida
A melhor tem o Sertão
Com a verve indormida
Cantando qualquer refrão
Bem mais branda é a lida.

Se vem o som da viola
Na cadência do repente
Quem ouve, logo se ajunta
Buscando lugar na frente
Quem não entende, assunta
Quem é do ramo, consente.

O Cantador é um mago
Fazendo truques com rima
Seu cenário - um tablado
O seu som é obra-prima
Quanto mais desafiado
Mais dá a volta por cima.

O Cantador é Maestro
E também um Professor
Como Artista tem o estro
Pra encantar seu amor
Quem canta, canta o contexto
Que o homem pode compor.

Botando versos pra fora
O trovador sempre canta
Se alguém quer confundir
Logo seu verso decanta
Do Oiapoque ao Chuí
Somente a rima encanta.

Junto com o Repentista
Faz dueto u’a patativa
Um trinado sem igual
Que o sertão bem cultiva
Um show de alto astral
Fascinando qualquer Diva.

Qual passarinho na mata
Também vive o Cantador
De gorjeios sem ter pautas
Despertando algum amor
Se a mulher não for estátua
Vai ficar ao seu dispor.

Cantador não dá aviso
Nunca antecipa seu mote
Todo canto é improviso
Pois a verve é seu dote
Cantando verso conciso
Cantador não dá calote.

Não precisou de Escola
Quem canta o bom repente
Não usa anel nem cartola
Não tem grau e nem patente
Mas vai entrando de sola
E calando muita gente.

Se nunca faltar o verso
E sempre houver improviso
Quem ouve não se entristece
Não perde a vez nem o riso
Quem com rima anoitece
De manhã tem mais juízo.


/aasf/


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui