Nada existe que se possa comparar
A essa sensação de bem-estar
Que tenho
Quando tu permaneces ao meu lado,
Com teu jeito, sempre do meu agrado,
E venho
Ao teu encontro, pois contigo sou feliz,
Vivendo esse amor que eu sempre quis,
O amor no qual meu sonho se realiza,
O motivo de que meu coração precisa,
Para, enfim,
Ter a paz que tanto tempo procurara,
Essa alegria de viver qu’ele buscara
E, assim,
Bater tranqüilo, sereno, no compasso
Ditado pelo terno calor do teu abraço,
Porque, longe de ti, por todo o dia,
Aflige o meu peito a dor e a agonia
E não sei
O que possa eu fazer que amenize
Esse sofrer sem fim, ou cicatrize,
Pensei,
O ferimento causado pela ausência
Tua e, então, quisera que a ciência
Tivesse ao meu dispor um paliativo,
A dar-me ao coração um lenitivo
À dor...
Mas qual, não é dor física, é da alma,
E no mundo só existe, que a acalma,
O amor...
Esse amor que, embora me transtorne,
Na distância, faz com que eu retorne
Sempre, nas noites, aos teus braços,
Estrela que ilumina os meus passos,
Nesta vida...
Porque, não fora todo o teu carinho,
O que seria deste poeta, sozinho,
Querida...
Tu és a musa, a amada, a mor razão
Dos meus versos e da minha paixão.
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