Estou distante de ti, solitário,
Longo há de ser o dia que começa,
Não há um meio de escapar a essa
Tristeza – tudo me é contrário –
A lentidão das horas me atinge,
Inexorável... nada, nem ninguém
Pode evitar que, de mim, faça refém
A solidão, a que tudo se restringe.
Algo de inexplicável me invade
A alma, como a torturar-me,
Impondo-me esse sofrer sem fim,
Até que um novo dia venha e, assim,
Tua presença, esse sofrer desarme,
Livrando-me da dor dessa saudade.
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