Usina de Letras
Usina de Letras
133 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62159 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10345)

Erótico (13567)

Frases (50570)

Humor (20027)

Infantil (5422)

Infanto Juvenil (4752)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->O ELEITOR NÃO APRENDE -- 15/11/2005 - 11:34 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O ELEITOR NÃO APRENDE
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Mote sugerido pelo amigo José Dantas

Brasileiro é desatento
Conta sempre co’amanhã
Desejoso e no afã
Vive eterno tormento
Valoriza o momento
Acredita com fervor
Mesmo que seja impostor
Logo depois se arrepende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Brasileiro é bom de bola
Amigo e companheiro
Vive rindo o dia inteiro
Tristeza aqui não cola
Sua raiva não decola
Brasileiro é sonhador
Honesto e trabalhador
Dificilmente se ofende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Brasileiro facilita
Criativo e amoroso
É muito religioso
Em tudo ele acredita
Vai dando logo na pista
Acredita sim senhor
Na santa paz e no amor
Mas ao discurso se rende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Bate palma, bota fé
Sem discutir a questão
Dar a sua opinião
Seja Maria ou José
Aposta que vai dá pé
Brasileiro é jogador
Muito bom apostador
De loteria entende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Basta ver o resultado
Da eleição que passou
Em quem o povo votou
Pergunte ao aposentado
O maior prejudicado
E por ser bom pagador
Passou logo a fiador
E não há como se emende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Era nosso companheiro
Candidato a presidente
Muito defendeu a gente
Na luta, grande guerreiro
Brigava o dia inteiro
Com gerente e diretor
Em prol do trabalhador
Sua fala agora treme
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

O povo feliz escutava
Seu discurso de improviso
A fala com muito siso
O líder assim discursava
A todos ele encantava
Bradava com muito clamor
Mostrava grande vigor
A chama não mais acende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Nem esquerda, nem direita
Mudou todo o sentido
Do rumo de seu partido
Amigo já não respeita
Todo mundo na espreita
Sonhou mal o sonhador
A escolha do eleitor
À propaganda se rende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Agora é marqueteiro
Desconhece sua raça
Deixou o banco da praça
Agarrado ao banqueiro
O seu novo companheiro
Fama de aproveitador
É contra o trabalhador
Que a ele não se vende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Fala muito e não diz nada
Vive no mundo da lua
Seja de noite ou de dia
Em sua nova jornada
O antigo camarada
Operário fundador
De um partido lutador
Agora nos surpreende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Passa o tempo voando
Um novo avião já comprou
Um air-bus encomendou
E o tempo vai passando
E o povo esperando
A vez de ligar o motor
Pisar no acelerador
Ganhar o que se pretende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

A história se repete
No Congresso a votação
Fez-se a convocação
Onde tudo se promete
Onde o crime se comete
No bolso do trabalhador
Coisa de enganador
Um negócio que não rende
E o eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

O presidente autorizou
Tem ferreiro e lanterneiro
E tem até carpinteiro
Pro trabalho que sobrou
Do ano que se findou
Barulho ensurdecedor
Na Casa do trabalhador
Não há nada que se agende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

Buraco por todo lado
Centenas de furadeiras
Barulho de britadeiras
Na Câmara e Senado
Fico até emocionado
Trabalho com muito ardor
Assim disse o gozador
Que ali ninguém se vende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

As metas foram traçadas
Dinheiro tá garantido
Pro pessoal envolvido
Muitas horas trabalhadas
Picaretas alugadas
Tudo em nome do pudor
Do melhor fornecedor
O orçamento atende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor

A Casa é de ferreiro
Mas o espeto é de pau
Ali ninguém se dá mal
O trabalho é rotineiro
E nunca falta dinheiro
Pro bom empreendedor
Que joga a seu favor
E que ninguém compreende
O eleitor não aprende
Votar em quem tem valor











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui