Garrafada para o câncer.
Por Airam Ribeiro
03/11/05
Quando a gente adoece
Só quer mesmo é sarar,
Procura logo o hospital
Que tem em seu lugar,
O doente entristece
Mais o médico aparece
Para as dores amenisar.
E se a doença é câncer
A família apavora
Uns vão para o banheiro
Abre a boca e chora,
O doente que não espera
Ao saber não tolera
Ter um câncer nesta hora.
Quando aparece a dor
A agonia é tamanha,
Sofre muito o doente
E quem o acompanha,
Sem poder muito ajudar
Escondido vai chorar
Que os olhos até banha.
É remédio todo dia
Sem a solução chegar
É o medo da doença
Pelo corpo se alastrar.
O de morfe e o metadon
Um remédio muito bom
Tenta um pouco aliviar.
Nesta ocasião é que chega
O cientista do mato
Fazendo suas garrafadas
No seu ranchinho pacato,
Raiz disso e daquilo
Pode até curar aquilo
E o custo é mais barato.
Aí o mel entra em cena
Misturado com a babosa
Uma dose de cachaça
Faz a mistura amargosa,
Eu digo neste cordel
Amarga mais do que fel
Também não é saborosa.
Tira-se a babosa à noite
Depois que o sol se por
Um metro de comprimento
Para o efeito se compor;
Também tira os espinhos
Passe um pano limpinho
Não pode lavar não senhor!
Mel cachaça e babosa
Eis os ingredientes,
Bate no liquidificador
E côa num recipiente,
Mas toma com alegria.
Três colheres durante o dia
Tem que tomar o doente!
Guarde na geladeira
Para não perder o tom
Escolhe um litro escuro
Destes da cor marrom;
Todo dia tem que lembrar
E se o doente tomar
Garanto! Vai ficar bom.
É remédio muito simples
Não é coisa de americano
É da flora brasileira
É daqui eu não engano,
Remédios sofisticados
Às vezes deixam arrasados
O nosso corpo humano.
Às vezes se corre atrás
De status e de poder
Correndo atrás do irreal
Achando que vai morrer,
Às vezes no remédio barato
Pode ter a cura, o trato,
Se a fé a gente ter.
Tenho visto ex-doentes
Aqui neste interior
Que sem ter o dinheiro
Não procurou o doutor.
Salvaram-se com a babosa
Essa palma milagrosa
Foi ela quem os curou.
Tem também outra planta
Dentro da nossa flora
Que o leigo do mato usa.
É as folhas da graviola;
Faz-se o chá para beber
Três vezes por dia pode ser
Que a doença sai na hora.
Coloque para ferver
Até ficar na ebulição
Ao começar ferver
Desligue o seu fogão;
Aí pode deixar o chá
Num canto pra esfriar
Está feita a explicação.
Um copo três vezes por dia
O doente pode tomar,
E depois de algum tempo
Ele vai logo melhorar,
Não coloque adoçante
Põe só fé nesse instante
Que as coisas vão melhorar.
Se quiser mais informações
Sobre o referido chá
Passe-me um e-mail
Ou pode telefonar;
Mas não tenha receio
Através do e-mail
O número eu posso dar.