Peço a você,
que leia este poema porque nasceu de fontes
vivas
dos seus sentimentos,
das suas impressões
ou dos seus sonhos.
Leia este poema com avidez,
ao levantar o fogo,
da primeira labareda,
que nasce no atrito mental
com a plena função orgânica.
Leia este poema formando
uma concha com as mãos,
banhadas na pureza da lírica
e sacramental
tomando como uma prece,
na taça cristalina
do pensamento vivo e silente
e injete-o no seu sangue
e em seus nervos,
s i l e n c i o s a m e n t e.
E silenciosamente deixa-o
gravar-se na tela do ego.
Leia este poema com as cores
e com todos os títulos da sua fantasia
enquanto eles dancem
nas salas do castelo encantado.
E no auge da leitura,
Leia este poema em pleno aroma
do mistério com que ele sai
na retorta semi circular,
da mente
ou enquanto esvoaça
na redoma límpida e sagrada do sonho.
Esse poema que na sua essência divina
Ou mesmo na virgindade virtual,
como um nova magia,
destina-se qual oferenda,
ao mundo como um vazo grego
da palavra imortal.
Este poema – essa voz de sua vida
no branco da escrivaninha
e na celulose impressa eterniza,
para benção da leitura consagrada
como ele foi ditado
por vozes do infinito
após o eco multicolorido
nas muralhas brilhantes do destino.
Leia-o! mas leia-o sempre
de maneira mais ampla, colorida
e encantadora do verbo universal,
na pluralidade da vozes
que vieram do paraíso.
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