Usina de Letras
Usina de Letras
162 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Desbravador de fronteiras -- 03/11/2005 - 19:37 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESBRAVADOR DE FRONTEIRAS
(Nên Galêgo)

Por Airam Ribeiro
30/10/05

Amigo Nên Galego
Desbravador de fronteiras
Poeta de um mundo ingrato
Que não é de brincadeira,
Emigrante clandestino
Teus poemas de menino
Diz das coisas verdadeiras.

Com seu linguajar simples
Daqui se foi embora
Cantador na Europa
Um lusitano da hora;
Sozinho e sem ninguém
Trocou o seu Itanhém.
Por este mundão afora.

Quem sabe buscar o euro
Ou o dolar americano,
Acabando com sua saúde
Vivendo só de engano;
Cruzando as fronteiras
Fechando suas porteiras
Você foi se distanciando.

Fez-se um transfusor
De sangue lusitano
Trocando dias depois
Pelo sangue americano;
Em busca da rapariga
Achou também a fadiga
Neste mundão de engano.

O cantador dos bezerros,
E defensor dos vaqueiros
Deixou tudo foi pra longe
Para um país estrangeiro;
Pela busca da verdinha
Deixou a sua vidinha
E um povo hospitaleiro.

Seu berço que aqui ficou
Hoje chora sua ausência.
Eu fico aqui a rogar
Para Deus uma clemência,
Para que este cantador
Jogue fora o que encontrou
Dando fim nesta doença.

Este guerreiro abatido
Que a fronteira cruzou
Vive a chorar de saudade
Pela família que deixou;
Pelo cheiro de seu chão
Pelo calor de um irmão
Que na Europa não achou.

Lembro seu cantar simples
Quando em dia de cantoria
Aplausos e também vaias
Sua platéia oferecia.
Hoje canta a sua dor
Daquilo que conquistou
Nesta sua neoplasia.

Caboclo da pele queimada
Do sol quente do interior,
Viver em país distante
Onde não tem o calor;
Calor de povo pacato
Povo que vive no mato
Povo que vive o amor.

Nên o desbravador
Que canta a sua saudade
Em seus poemas tristes
Você canta a sua cidade;
Cidade que não deu valor
Ao seu filho sonhador
Ao seu filho de verdade.

O menino Nên Galêgo
Caboclo que já fez queijo
Muitas vezes vaiado
Pois cantar era seu desejo.
Meus aplausos você tem
Ver de volta a Itanhem
É tudo que mais almejo.

www.airamribeiro.com.br









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui