Era um bonito cais, esse meu destino,
com o azul do mar cheio de mocidade,
mas velejando nesse mar em desatino,
só deixaram grandes sulcos da saudade.
Felicidade era o barco purpurino,
por ironia da sorte, talvez por maldade,
singrando este mar, deixa um pequenino
rastro, na minha mais louca ansiedade.
Vagando triste, um tanto indiferente,
passa por perto o barco da Esperança,
seguindo um outro rumo, infelizmente.
Ancorado neste cais, vê-se permanente,
um barco solitário na límpida água mansa,
o da Tristeza, em mim sempre presente. |