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Teses_Monologos-->A Boa Conselheira -- 22/10/2002 - 12:11 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A RENÚNCIA COMO BOA CONSELHEIRA
(por Domingos Oliveira Medeiros)

O candidato José Serra deveria deixar de lado o discurso alarmista, de cunho terrorista, e apresentar sua renúncia. Seria mais coerente e mais inteligente de sua parte. A hora é de unirmos em torno de um programa pelo bem do Brasil e dos brasileiros. E não pensar em si próprio. O povo, de certa forma, já fez sua opção.

Afinal de contas, quem está satisfeito com o atual governo? Creio que somente os banqueiros. Principalmente dos bancos estrangeiros que, junto com os especuladores, encheram os bolsos de dinheiro, sem, no entanto, produzir absolutamente nada. E quem perdeu com este governo? Todo o restante da sociedade, principalmente as classes menos favorecidas. Que ficaram sem empregos e sem esperanças. .

Indignação e desesperança, este é o binômio que caracteriza o governo FHC. Que em oito anos de mandato não fez outra coisa a não ser pagar os juros da dívida e manter a política de subserviência ao capital estrangeiro.

No primeiro mandato, teve todo o apoio do Congresso Nacional - e da população - para manter o curso do Plano Real. Mas, infelizmente, foi mordido pela mosca azul e passou metade do seu primeiro mandato tentando aprovar o instituto da reeleição. Dizem que às custas da máxima “toma-lá-da-cá”. O fato é que a reeleição foi aprovada, e o FHC reeleito. Mas não dava mais tempo. A situação de inércia ampliou o volume dos problemas, criando dificuldades para encontrar alternativas de solução. O câncer já estava em estágio bem adiantado. E agora, ao final do seu governo, as notícias são assustadoras. Entramos em coma. A crise passou para a UTI.

O maior desemprego de todos os tempos. Cerca de 12 milhões de postos de trabalho foram suprimidos no governo FHC. A maior dívida de todos os tempos. A maior carga tributária que um pais pode registrar. Os juros mais altos do mundo, inviabilizando o parque produtivo de nosso Brasil. Falta de investimentos em todos os setores estratégicos de nossa combalida economia. Nada de significativo no âmbito do social. Saúde, Educação, Habitação, em estado de miséria. Má qualidade dos serviços prestados. Ausência total do setor público. Privatizações atabalhoadas. Venderam todo o patrimônio público. E não se sabe onde foram parar os recursos arrecadados. Mas a dívida com o FMI continua aumentando.

Todas as grandes reformas foram anunciadas. Nenhuma foi concluída. Reforma política, tributária, administrativa, da Previdência Social, do Judiciário, Agrária, etc. Não se avançou no combate à violência , ao crime organizado, ao contrabando de armas e de drogas.

Desmonte total do serviço público. Extinção de Órgãos importantes como a SUDAM, a SUDENE, a SUCAM e o DNER. Nada foi feito para restabelecer outros órgãos, também extintos, e de igual importância, como o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição – INAN, o Instituto do Açúcar e do Álcóol – IAA, o Instituto Brasileiro do Café – IBC e a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE, que poderiam estar ajudando ao governo na pauta de exportações e nos problemas de mortalidade infantil e combate às endemias como a dengue, entre outras, que voltaram a fazer parte do cardápio de más notícias deste governo.

Nossas fronteiras foram abandonas. Nossas Forças Armadas, desarmadas. Humilhadas. Nossos recrutas voltando mais cedo para casa, por falta de recursos até para a alimentação dos praças. Equipamentos, nem se fala.

Oito anos para nada. Oito anos de arrogância de equipe econômica. Oito anos de muita corrupção que o governo, a rigor, deixou a desejar no que se refere ao combate mais agressivo. Ninguém foi preso. Quase a totalidade dos recursos roubados ainda estão por serem retomados. Muito ladrão ainda solto pela rua. Alguns tentando retornar à política. Outros já conseguiram ser reeleitos. E as reformas política e do judiciário, que poderiam, de certa forma, impedir este vexame, como foi dito acima, ficaram no esquecimento.

Servidores públicos sem reajustes há oito anos. Professores abandonados. Com seus salários defasados, sem recursos técnicos e sem treinamento adequado para seu melhor desempenho em sala de aula.

E o presidente está de saída. Garantindo, tudo indica, um único emprego: o seu. Teria recebido convite da ONU. Provavelmente a equipe econômica tomará o mesmo caminho. No BIRD, no FMI ou em qualquer banco privado.

E nós ficamos com a conta. E tendo que aturar o seu candidato oficial , o José Serra, espalhando o terror contra o Lula. Querendo ser presidente a qualquer custo. Para por em prática uma série de programas que, a rigor, durante o tempo em que esteve no governo, não se atrevera a colocar em prática. . Por que acreditar, agora, nessas promessas ?

Está na hora de mudar. A oposição nunca esteve tão perto do poder. E isso deve assustar os que sempre dele fizeram seu ganha pão. Talvez estejam com medo da concorrência. De serem expostas todas as suas mazelas. Mazelas ditadas pelo continuísmo, pela subserviência, e pela falta de criatividade e de amor pelo Brasil. Medo, principalmente, de que tudo possa dar certo. E a oposição inaugure uma era longa de prosperidade e de governabilidade.

Se eu fosse o Serra renunciaria já. E juntava-me aos que pretendem corrigir os rumos desta grande nação.

Domingos Oliveira Medeiros
22 de outubro de 2002

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