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Poesias-->AUSTRÁLIA -- 21/01/2000 - 22:22 (Popó Magalhães) |
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A poeira do tempo faz morada nos meus pés,
Nos olhos e lembrança carrego o medo.
Tenho visitado com a língua gostos estranhos:
Viagens imprecisas, beijos não vividos, alimentos envenenados.
Estranhos seres fazem de suas asas o mundo,
Fogem através de montanhas e desertos de luxúria.;
Escondem-se em pântanos de dinheiro e desencanto...
Eu me encanto, cantando, descobrindo novos portos.;
A chuva faz a limpeza das ruas, não do meu coração...
O mar, na Austrália, com ondas medonhas e espumantes
Espanta os últimos surfistas no dia cinzento.;
Amanhã, talvez o tempo melhore,
E por força da vida comemore o verão...
Por acreditar, vou deixando minhas pegadas na areia fria,
Observando as nuvens baixas, que mais parecem fantasmas.
Até o comportamento das aves, dos cangurus e dos homens
Desnuda-se, e se revela mais aflito.
Minha vida, uma gota na imensidão azul, não corrói o medo,
Veleja em águas atormentadas.; mas, aguento a borrasca.
Hoje, não quero meu amor emoldurando esse dia.;
Amanhã, e só amanhã, quero vê-la, através dos olhos e do coração.
Quero, sem pedir licença, penetrar no seu peito,
E viver a plenitude na longitude em que ela está de mim.
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