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cronicas-->Fim de Ano -- 13/02/2003 - 14:49 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Já na sexta-feira do último fim de semana que antecederia as avaliações finais na escola Brasil os alunos do 3º ano, da turma "inimigos do rei", denominação adquirida por que sempre estavam reevindicando algo junto ao diretor. Com os nervos aflorados, por causa das proximidades das avaliações, começaram a externar exacebardamente o seu "stress". Contudo, deixaram as diferenças de lado ou seja, aplicando um pouco de cultura começaram a viabilizar coligações para estudarem no fim de semana.
Na quarta-feira, que nem era de cinzas, algo indicava os seus sinais, alhiada as torrencial que desabava sobre aquela cidadezinha. Fazendo os alunos, após a primeira prova ficarem no pátio coberto da entidade a espera de uma carona, que dificilmente viria ou o que era previsivel; a chuva amenizar. Para então, quem dependia de ónibus pudesse, enfim caminhar até a parada.
Enquanto o tempo não mudava, em vários cantos se observava a agregação de grupinho conversando assuntos variados a perder de vista.
Quando desceu apressado o professor de matemática. Logo, logo os grupos homogenizaram cercando o professor, querendo espremer algo do professor, a respeito da prova a ser realizada na quarta-feira. Porém, Adevaldo, sempre altaneiro, falou pouco e saiu sorateiramente,em direção ao seu carro, sem dizer o que a maioria queria ouvir.
Sob a chuva uma menina o abordou perguntando se poderia adiar a prova para sexta-feira. Ele parou, olhou em torno daqueles pares de olhos e falou rapido: - Tá bom! Fica então pra sexta, no segundo tempo!...Entrou em seu carro e foi-se.
As palavras assimiladas cairam nos pecadores como a chuva em plena seca.Uns riam-se a toa, outros se abraçavam e outros tímidos olhavam agradecidos, como se fosse o "máximo de todos os máximos".
No dia seguinte, como acertado previamente entre si. Os alunos iriam estudar em grupo a famigerada Matemática.Porém...
Como em toda turma tem sempre os contrários, os recalcados , os bonitões e etc...
Um grupo que não foi avisado que havia mudado o dia da prova virou a noite estudando. E ao saber que a prova fora transferida, na frente de todos retrucaram calados.Mas quando tiveram a oportunidade ligaram para o professor. O coitado estava, junto com tantos outros funcionários do banco levando um "sebó" do gerente geral.
Ele nem pensou duas vezes e, com uma voz aspera e sem educação disse:
-Avisem aos outros que a prova será hoje. E ponto final!
O grupinho tremeu, mas com a cara pálida começou a fazer ligações a respeito do aviso maquiavêlico do professor.E o efeito foi imediato.
Em todos os locais da cidade a malevolência se arrastou...
Alfredo cobrador de ónibus já não conseguia passar o tróco direito aos passageiros, Val no banco fechou o caixa errado, Paulo bateu o seu taxi,Gestrudes no almoço brigou com o seu namorado, Jandira deixou queimar o feijão, Joana, Luiza, Marta faltaram ao seviço. E tantos e tantos outros, que de dia trabalhavam e a noite pagavam pra estudar sentiram.
Lá pelas sete da noite a turma quase completa rezava, entrava e saia da sala, faziam cola na carteira, em papelotes, na parede, na coxa, na borracha...
E mais do que tudo queriam saber quem era o cabeça daquela mudança impensada, que iria prejudicar a maioria da turma. Naquela noite os animos estavamacirradíssimos. E sob esse clíma começaram espalhafatosas acusações...
Joana dizia em voz bem alta:- Absurdo, absurdo essa droga de turma...Um prejudica o outro em detrimento de seus enteresses.
Marta confimava: -É uma droga mesmo.Por isso, que a gente não vai pra frente!
No meio de tanta tempestade uma turminha ficava encolhida, sem jeito. Mas de tanto ouvirem soltaram: - Droga!...Passamos a noite toda estudando. O problema eé de quem não estudou. A prova era hoje e não tinham nada que mudar!
Com essas declarações o bicho ficou solto.Foi um bate bocas dos diabos. Umas e outras querendo dar só na cara, outros e uns querendo se esbolachar. Foi um empurra, empurra, até que duas se atracaram em plena sala de aula...
Se cuspiram, se puxaram os cabelos, se morderam, se arranharam, se rasgaram. E quando a coisa parecia já sem rumo. O professor de matemática entrou. As poucas discursões deram lugar ao nervosismo. Aumentando desordenadamente por conta da entrega imediata da prova pelo professor calmo e calado, aos alunos.
No fim das horas havia gente querendo chorar, por adiantados já saberem que não iriam passar. Há quem diga que houveram muitas reprovações, mas o certo mesmo é que todos os que estudaram foram reprovados. Isso demonstra quão sensiveis estão os nossos corações.
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