As portas do coração fechadas.
É preciso abrir as janelas da alma,
é preciso trazer a alma lavada,
buscar no azul a tranqüilidade e a calma
que o coração, fechado, tirou.
Abrir as janelas da alma,
avistar a estrada que se abre adiante,
olhar para a vida com os olhos da alma,
deixar um pouco de lado o coração amante.
Abrir as janelas da alma
para que não nos pereça o ânimo, a alegria...
Abrir as janelas da alma
deixar entrar a vida que se pensou perdida um dia.
Abrir as janelas da alma,
reler com olhos novos os livros antigos.
Abrir as janelas da alma,
rever com olhos novos os velhos amigos.
Abrir as janelas da alma
para não achar que a dor é exclusividade nossa,
ter olhos para enxergar além da dor,
além da decepção, a leveza que, quem sabe, possa
abrir a estrada em direção à paz.
Abrir as janelas da alma,
lavar os olhos com gratidão,
limpar a poeira do passado com calma,
sem peso, sem culpa, sem ansiedade.
Saber que nada sabemos,
que o que somos é só o que temos.
Abrir as janelas da alma
e libertar o coração.
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