Na alameda partidária
Da política nacional
A trama tem peso de ouro
Decência é voz de boçal
Do Oiapoque ao Chuí
De Noronha ao Pantanal
Presidente e presidente
Confrontam-se no poder
Da esquerda ou da direita
O domínio é o querer
Contam votos, os leiloeiros,
Negociam para vender
Neste país de miséria
Pátria amada dos anões
Poucos comem muitos choram
E ainda cantam emoções
Rende copa, fome e pleito
Sempre eleitos os vilões
Poucos são os resultados
Das riquezas produzidas
Em tribos de chefes cegos
Sábios mudos aplaudidos
Restam apenas os guerreiros
De lamentos sucumbidos
Muito em voga a parceria
E acordos de cavalheiros
Quase tudo em escalões
Dos poderosos primeiros
Sem poder de decisão
Sem casa e comida os obreiros
O Brasil tem muitas leis
Sem regulamentação
Pra não ter como punir
Crimes de corrupção
Pobre, preto e madalena
Pagam sempre na cadeia
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