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Poesias-->MEU OUTRORA! MEU AGORA! -- 13/03/2004 - 10:03 (Cleide Yamamoto) |
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MEU OUTRORA! MEU AGORA!
No outrora fui à poesia
Sofrida e amarga
De um amor vivido e perdido.
Fui versos de inspiração fingida
Que nas palavras tinha a dor
Latente dor, que dilacerava,
E que no coração a saudade
Carregava.
No outrora fui o poema
De esperança de um novo amor
E nos versos sem nome
Jogava eu ao vento o desejo
Guardando no porta-jóia
Junto aos pertences de valor
O amado sem nenhum rosto.
No outrora vive na linha de perigo
Onde tantos queriam um corpo
Que abrigasse num momento
O prazer momentâneo
E no amanhecer fosse o adeus
Nada deixando em mim,
Somente mais um vazio.
No outrora escrevi um nome
Nome que chamei e procurei
Jamais achando poder encontrar
E com ele poder viver
Todo o amor que imaginei
E em toda a solidão que senti
Marquei cada pedaço de mim.
No outrora fui à letra da canção
Mais triste, o soneto da procura.
Fui o coração despedaçado,
A alma que tanto aclamava,
Fui um corpo de desejo abandonado
Resumindo fui toda a espera
De um dia ser realmente amada.
No outrora... Lá no outrora...
Fui o sonho não sonhado
O amor desejado
O silêncio cruel da noite
A solidão desesperada
O querer forjado.
O agora! O meu agora!
É minha poesia renovada
Do Amor encontrado.
O meu agora!
É a vida em cada palavra
De uma mulher apaixonada
O agora! O meu agora!
É o mais belo poema
Escrito com a pura verdade
Do amor mais sublime.
E no agora! Sou o Amor
Que esquece o pecado
Que vive a Paixão desvairada
Que sente novo desejo
Na alma e no corpo.
E que escreve no poema
O nome e descreve o rosto
Porque meu Amor, agora tem dono.
E no agora! Serei só a poesia
Vívida do Amor Maior
Que desfez toda uma dor
E no amar viverá
A escrever pela eternidade
Palavras em todo seu corpo,
Deitando sobre sua alma
Todos os meus versos flor.
E em seu coração gravarei
O meu maior poema de Amor.
Cleide Yamamoto.
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