Tua doce presença em minha vida
Trouxe-me, à alma, a já esquecida
Sensação
De estar vivendo um grande amor,
Intenso, puro, mágico, um primor,
Qual canção
Que em tom maior fosse composta
E fora, em si mesma, uma resposta,
A, deste mundo, as mais sutis questões,
Às dores, aos mistérios, às paixões
Vividas...
Aos males que acometem os corações,
Incertezas, sofrimentos, ou decepções
Sofridas...
Uma resposta clara, em musicais escalas,
A dirimir todas as dúvidas e explicá-las
A todos aqueles tão pobres sofredores,
Que experimentam grandes dissabores
No amor...
E, solitários, queixam-se, lamentam...
As vicissitudes que a eles atormentam,
A dor...
Porque, da dor, conhecem, com certeza,
Todas as minúcias, sua própria natureza...
É, pois, nesse meu viver um privilégio,
Um atributo magnífico, um dote régio,
Amar-te...
Como se somente a mim acontecesse
Ter, do mais belo amor que houvesse,
A arte...
É isto obra do destino, digo a mim mesmo,
Pois tanto amor jamais ocorre a esmo,
É ele, de minha felicidade, o mor motivo,
O amor eterno que faz meu coração cativo,
Enfim...
A inspiração secreta de todos os meus dias,
Que não pudera eu imaginar que dar-me-ias,
Assim...
Tu tens essa doce paixão, que me fascina,
És a luz que os meus caminhos ilumina.
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