As tuas benditas mãos,
são como barcos ancorados,
no porto solidão
corporificados,
devassando a nudez
de troncos e braços.
Minha mão
tal qual nave perdida
toda coberta de espuma.
Sobre meu ventre,
tuas mãos amargas
em minha carne
o êxtase esquecido
em minha face,
teu beijo bem molhado
em meu olhar,
o teu olhar perdido,
mais fácil do que se crer
é duvidar!
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