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cronicas-->Minha Aldeia I - 6 A Família do Querosene -- 12/02/2003 - 13:52 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Família do Querosene



Na Rua Vileta morava a Família do Querosene. Eles vendiam o produto em um caminhão antigo, próprio para este tipo de comércio. Antigamente havia muita utilidade para o querosene nas residências. O uso nos fogões "jacaré" era um deles. Vendia-se o litro, em quitandas e armazéns. Um tipo de balde fechado que era usado pelos vendedores de querosene de aproximadamente, dez litros, no qual eles tiravam da carroceria fechada do caminhão, por meio de torneiras. Em uma certa ocasião, saiu em um famoso jornal popular a foto dos irmãos do querosene junto ao Paulo Tartaruga por conta de uma história ligada a fundos falsos, nos baldes.

Eram nossos colegas no futebol do campinho rala-coco que havia na Rua General Càmara em frente à casa do Pé-de-Pato. Por ordem de nascimento eram o Silvio, o Sérgio, o Silvério e o Chincha, se não me falha a memória. Havia um fato estranho com esta família que até hoje me deixa encucado: todos eram ávidos leitores do Carlos Zéfiro. Este era um dos mais conhecidos autores dos famosos catecismos, cultuados com muito fervor por quase todos os garotos do Brasil. Naquela época, eram praticamente uma instituição nacional. Impressas normalmente com oito folhas e do tamanho dos livros de bolso, as histórias em quadrinhos, muitas de esmerados desenhos, tinha sempre temas pornográficos. Os títulos das estórias eram do tipo: Pedrinho e a filha da empregada; A Secretária do Dr. Abelardo; As Tias do Anselmo, entre milhares de outros.

Quase sempre estavam na varanda da casa, o pai, a mãe e os quatro filhos, lendo catecismos. Eram uma família que lia unida. Eu sempre achei estranho aquela ligação literária. Mas sempre ia à casa da Família do Querosene, junto com o Paulinho e o Anhinha, já que eram nossos colegas, pegar alguns catecismos emprestados.



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